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quarta-feira, 22 de junho de 2011

A escola Maiêutica participa do GALERA C.Q.D.


Terça feira, dia 21 de junho, os alunos da Escola Maiêutica participaram do nosso debate no programa GALERA C.Q.D. na Rádio Cidade FM. O objetivo desse programa, que acontece às terças e quintas, às 16h, é debater assuntos de interesse geral, propor enigmas, ouvir opiniões, divulgar curiosidades e distribuir prêmios para quem participa, pelo telefone. O tema debatido nesse segundo programa foi: até onde os alunos brasileiros migrarem para cursar medicina em países do MERCOSUL, como Argentina e Bolívia, por exemplo, é uma coisa positiva. O aluno de terceiro ano do ensino médio Matheus Augusto de Paula defendeu a ida dos alunos para países visinhos para cursar medicina. Já a aluna, de mesma série, Paloma Ferreira de Paula condena a prática. Vejamos o resumo do debate:

ARGUMENTAÇÃO INICIAL (ATÉ 3 MIN)

Matheus: [“Eu sou a favor dos alunos estudarem medicina fora do país, em países do mercosul. Por que o custo pra estudar medicina aqui no Brasil, nas faculdades particulares, é muito alto. Então, muitas famílias não têm condições de pagar, pois são mensalidades de R$3.000,00 ou até R$7.000,00. Portanto eles acabam “atalhando” esse sonho de ser médicos pra uma faculdade com uma mensalidade menor, num país onde o custo de vida é menor também. Além disso, as notícias que tenho na internet, através de depoimentos dos próprios alunos que optam por essa alternativa, dizem que o ensino de medicina nessas escolas é bom, não é ruim. Pelo contrário. Segundo esses alunos, esse ensino torna os alunos capazes de exercer a função de médicos, mesmo aqui no Brasil. Infelizmente, há a dificuldade em obter o CRM. Realmente existem pessoas que saem do país por que não conseguiram cursar medicina no Brasil em faculdades públicas. Isso ocorre, muitas vezes, por que o pré vestibular deles, ou o terceiro ano não foi tão bom ou ele não aproveitou direito. Mas também há aqueles que se dedicaram bastante e mesmo assim não conseguiram passar numa faculdade pública. O número de concorrentes é muito alto frente a um número de vagas pequeno. A única saída para eles acaba sendo ir para países do MERCOSUL para realizarem o sonho de fazer medicina.”]

Paloma: [“Eu sou contra essa alternativa por que nós não sabemos o grau de comprometimento dessas faculdades, em relação à formação do profissional. Também desconhecemos se as instituições desses países são aptas pra aferir a qualidade de ensino proporcionada. Por que, aqui no Brasil, existem instrumentos como o ENADE, que é organizado pelo MEC, que avaliam, ou pelo menos tentam avaliar, as faculdades. Sou contra também, a esse tipo de “atalho”, por que já que alguns alunos não se esforçaram no ensino médio, como que eles vão estar aptos a fazer um curso de medicina? Ainda mais se formarem numa profissão que lida diretamente com vidas humanas. Depois, ainda há a dificuldade, retornando ao Brasil, de obter o reconhecimento legal do diploma.”]

RÉPLICA (ATÉ 5 MIN)

Matheus: [“Eu até concordo com o que a Paloma falou, sobre os alunos que não foram competentes na sua preparação para o vestibular que, provavelmente, eles não terão a competência ou a capacidade de fazer um curso de medicina. Mas também há, aqui no Brasil, os alunos que fazem faculdade particular e que, mesmo os pais podendo pagar a faculdade, alguns não serão bons médicos. E, mesmo não sendo bons médicos, terão direito ao CRM, o que lhes dará o direito a exercer a profissão, trabalhando com vidas e estarão arriscando a vida dessas pessoas. Muitos alunos, que se formam nos países visinhos nossos, acabam ficando por lá e exercendo sua profissão nesses países. Eu trouxe alguns dados para acrescentar à discussão. Aqui no Brasil, temos cerca de 347 mil médicos e a cada ano se formam mais 13 mil novos médicos. Porém, há uma distribuição muito mal feita desses profissionais. No estado de São Paulo temos 1 médico para cada 240 habitantes. Já no Acre, temos 1 médico para cada 980 habitantes. Essa taxa é comparável à de países africanos, com um sistema de saúde bem precário.”]

Paloma: [“ Sobre o que ele disse sobre os alunos que se esforçam e não conseguem ingressar numa faculdade pública brasileira, se eles se esforçaram mesmo, por que não conseguiram passar aqui numa faculdade? E se o ensino lá nesses países é bom, por que não há nenhum tipo de prova de seleção para entrar na faculdade? E mais uma vez insisto, não há notícia que exista nenhum mecanismo de avaliação do curso superior, como há aqui no Brasil o ENADE. E mais, essa diferença toda dos valores das mensalidades, por que é tão grande se lá os cursos forem, realmente, bons?”]

TRÉPLICA (ATÉ 3 MIN)

Matheus: [“Respondendo a pergunta da Paloma, sobre por que os alunos, aqui no Brasil, mesmo se esforçando, têm dificuldade de entrar em faculdades públicas de medicina, o por quê é a alta concorrência. Um exemplo recente foi no vestibular passado, para medicina, da UFTM. Se inscreveram cerca de 6 mil candidatos a 40 vagas para medicina. Os que se não entram, na melhor das hipóteses, acabam adiando um ano para fazer o sonhado curso de medicina. Na minha opinião, o ensino médio público deveria melhorar, permitindo assim que alunos, menos favorecidos economicamente, possam ter uma boa preparação e facilitar seu ingresso em boas escolas brasileiras para cursar medicina.”]

Paloma: [“Respondendo a pergunta do Matheus, o governo deveria distribuir mais os médicos pelo país pois no norte do Brasil, por exemplo, há poucos médicos para uma população bastante necessitada. Concluindo, na minha opinião, não compensa a pessoa sair do Brasil pra cursar medicina em países vizinhos. Eu acho que o custo acaba ficando maior. Há aqueles que não agüentam ficar lá fora e retornam sem terminar o curso, outros abandonam por não conseguirem acompanhar o curso. Os que conseguem se formar, acabam passando por dificuldades na hora de retornar e revalidar o diploma no Brasil.”]

E, finalmente, o resumo das considerações sobre o debate, do vice-prefeito e médico igarapavense Dr. José Humberto: [“...então, quando você fala que quer ser médico, mas não consigo fazer medicina no Brasil. Eu posso ir pra fazer no MERCOSUL. Tudo bem. Lá a mensalidade é mais tranqüila e eu não consigo passar numa federal brasileira. Lá eu não tenho nem vestibular. Mas a questão não se resume apenas a esses fatores. Por que eu tenho filhos de colegas que foram pra lá por que não conseguem, apesar dos pais terem dinheiro, passar nem nas particulares aqui do Brasil....o que esses alunos buscam, muitas vezes, é contornar também a dificuldade dos cursos de medicina brasileiros. Esses são casos de pessoas que não têm base para o vestibular e nem para o curso de medicina...Também foi comentado no debate que alunos que fazem medicina lá fora dizem que os cursos são bons. Na verdade um aluno não sabe avaliar se seu curso é bom ou não. Só quem já cursou pode avaliar se o curso é bom. Muitas vezes o que é ensinado te enche os olhos mas não te serve de nada na sua vida prática de profissional de medicina. Além de tudo, o perfil de pacientes do Brasil é diferente do perfil de outros países. Como você irá trabalhar bem aqui, quando retornar? E, finalmente, temos o problema da língua. A pessoa sai daqui, sem estar preparado pra um vestibular e chega lá pra fazer um curso em espanhol, castelhano. Será que vai entender e acompanhar as aulas? Mas eu não sou contra fazer esse curso no exterior. Eu sou a favor. Desde que haja uma regulamentação, que seria essa revalidação do diploma...não que o Brasil não tenha escolas de medicina ruins, nós temos escolas ruins aqui e muitas. Mas de ruins, já chegam as nossas. Formar médicos em escolas ruins fora do Brasil, pra se juntarem aos ruins daqui, aí não dá. Quanto à falta de médicos, em regiões de menor destaque econômico, citada no debate, isso ocorre aqui mesmo em Igarapava. Nossa cidade tem poucos médicos. Realmente os médicos querem ficar em centros maiores porque ganham mais e têm mais recursos para trabalhar, como equipamentos, número de leitos e etc. É muito mais fácil ser médico em Uberaba ou Ribeirão do que em Igarapava. E no norte do Brasil é mais difícil ainda que aqui. É necessário incentivar a ida de profissionais para diversas regiões do país, mas junto temos que criar estrutura para que o médico trabalhe com eficiência nesses lugares.”]
E esse foi o resumo geral do que aconteceu no segundo programa GALERA C.Q.D. Nossos agradecimentos ao Dr. José Humberto, aos alunos Matheus e Paloma, às diretoras da Escola Maiêutica Lucélia e D. Magda e ao Tenente Joel que coordenou os alunos para este debate.

Programa C.Q.D. recebe Lauzita Rezende da Costa a prefeita de Delta-Mg.


No dia 02 de junho, o programa C.Q.D. teve o prazer de receber a prefeita Lauzita, da cidade vizinha de Delta. Vamos ao resumo de sua entrevista, concedida a mim, professor Kiko e a Leandro Silva.
Sobre o início da carreira política: [“...eu estou na área pública vão fazer uns seis anos, fui vereadora de Delta mas acabei não ficando na vereança pois fui convidada pra assumir a secretaria de saúde de Delta e logo em seguida fui convidada pra ser a candidata a vice prefeita junto com o Zé Eustáquio, mas sempre fui ativa nos movimentos políticos da comunidade, sempre estive muito voltada ao movimento estudantil, ao trabalho comunitário, voluntário já a uns 15 anos.”]
Sobre seu trabalho na secretaria da saúde de Delta: [“...eu acreditava que poderia contribuir e consegui, graças a Deus. Nós montamos duas equipes de PSF que Delta ainda não tinha, não tínhamos plantão noturno e a gente implantou também. Graças a Deus conseguimos renovar a área da saúde em Delta. Quase zeramos a mortalidade infantil, então fizemos um bom trabalho, cujo mérito é da minha equipe da época...”]
Sobre ter tido que assumir a prefeitura durante o mandato do falecido José Eustáquio e quais as dificuldades iniciais: [“...após o falecimento do Zé Eustáquio, quando a ficha caiu na segunda feira, que o pessoal começa a te ligar, dizendo que tem que providenciar isso e mais aquilo, eu não tinha preparo emocional, físico nenhum pra estar assumindo a prefeitura. Então eu pedi, nomeei uma equipe pra fazer essa intervenção pra que organizasse até que eu tivesse condições psicológicas pra estar assumindo. Aí começaram vários problemas em relação, na época, à câmara municipal. Eu quero acreditar que seja por eu ser mulher e nova né, o medo de que talvez eu não desse conta das responsabilidades...foi um período meio conturbado, uns dez ou quinze dias pra eu assumir, mas acabou dando tudo certo...e eu pude contar, desde quando o Zé Eustáquio ficou doente, com o total apoio de cinco vereadores: O Raimundo (Chalita), a Isabel, o Júlio, o Gilberto Machado e o Carlos (Boca)...”];[“...a primeira medida a ser tomada foi alterar a equipe de governo. Eu percebi que era necessário montar uma equipe que gostasse mais da cidade de Delta. Lá não é a melhor cidade do mundo para se viver mas é lá que a gente vive e é lá que nós ganhamos o nosso pão de cada dia. Então nós temos que fazer por merecer a nossa cidade...eu fiz questão de mostrar que na própria cidade havia pessoas que tinham plena condição de assumir as secretarias mais importantes. Nós renovamos toda a nossa administração. Toda a equipe. Alguns ficaram, eu fui testando pra ver se ia dar certo e, percebendo que continuariam na mesma ideologia, acabamos trocando também. A única secretária remanescente, até hoje, da gestão do Zé, é a Tereza na secretaria de educação. Outra atitude importante foi focar a administração em projetos, buscar recursos estaduais e federais. Criticar o prefeito é fácil, mas a comunidade tem que entender que, na maioria das vezes, necessitamos do presidente da república, do governador do estado e deputados para alocarem recursos e esses recursos só se consegue com projetos. E a minha equipe de projetos é excelente e eu só tenho a agradecer a todos eles. Isso levou Delta a ser a cidade que mais conseguiu recursos no estado de Minas Gerais (mais de 7,5 milhões). O planejamento foi trabalhar primeiro a infra-estrutura da cidade, que faltava asfalto em 70 % . Depois vem sempre a educação, que possui verbas específicas, a saúde e o social... ”]
Sobre o problema da recolocação de cidadãos que perdem o emprego no plantio e corte da cana, devido a mecanização do processo: [“...temos uma grande preocupação com isso, não só por parte da prefeitura como por parte da Usina Caeté. Nós estamos trabalhando com a qualificação. A Usina implantou agora um sistema de alfabetização dentro da própria empresa, o qual facilita ao trabalhador estar se alfabetizando, estudando. Por que nós temos na rede pública o EJA. Mas nós percebemos que o trabalhador chega muito cansado em casa, o que o desestimula ao estudo. Então a Usina implantou esse trabalho de ensino voltado só para o trabalhador, investindo na qualificação com cursos técnicos e tem uma parceria com a prefeitura. A prefeitura desenvolve cursos de qualificação pra que, amanhã, esse cortador de cana possa estar apto para trabalhar dentro da indústria. Um exemplo são das mulheres que, na maioria, cortavam cana e agora trabalham na limpeza dentro da usina, limpando casas que são alugadas pela Caeté para os trabalhadores...”]
Sobre a “história” de que a região não se desenvolve, com novas indústrias, por que os usineiros, que bancariam as campanhas eleitorais assim desejam: [“...comentário sempre existe, mas eu tenho um diálogo muito bom com o Dr. Robert com o Leonardo, com o Aron, com a equipe toda da Usina Caeté e, ao contrário, pra você ter noção a usina foi quem doou, em 2002, esse terreno pra fazermos o distrito industrial.Só que o aterro não tinha, até pouco tempo, sido regulamentado. Então, se a usina fosse contra a vinda de outras empresas, era só embargar a doação de um terreno que ainda era dela. Ao invés disso, a Caeté me ajudou, pagou até a documentação, a parte de cartório, para a regulamentação, então eu não tenho o que reclamar e considero que esse boato não procede. Todas as ações da usina são, a despeito de terem sido parceiros na nossa campanha, no sentido do progresso de Delta...”]
Sobre os prêmios recebidos por Delta, na área da educação, sobre o material da rede Objetivo, adotado nas escolas do município e a escola em construção: [“...a D. Tereza foi a única secretária que permaneceu comigo, do mandato do Zé Eustáquio, uma moradora antiga de Delta, é apaixonada pela cidade, e é uma diretora fabulosa e faz muito pela cidade de Delta. Nós realmente recebemos um prêmio pela qualidade da nossa merenda escolar, num projeto da AMM (Associação Mineira de Municípios), dentre mais de 200 cidades Delta ficou em primeiro lugar no quesito merenda escolar.Além dos 25% que devem, por direito, serem investidos na educação, nós investimos mais. Hoje são mais de 30 % da arrecadação municipal investidos em educação. Por que eu acredito que a educação é a solução pra todos os problemas que o Brasil hoje enfrenta. Eu não vou mudar o mundo, mas eu posso mudar a cidade de Delta e torná-la um modelo pra outras cidades. ...o cardápio da merenda foi implementado, é acompanhado por nutricionista, colocamos o café da manhã, na merenda tem verdura, tem suco de polpa permitindo que a criança possa ter uma alimentação mais saudável. Foi feito trabalho de reeducação alimentar com as famílias...Com relação ao material didático, através de licitação, foi adotado o material da empresa Objetivo, e esse ano começamos com o sistema de apostilamento...estamos também construindo a escola dos sonhos de Delta e com certeza, em Novembro, estaremos inaugurando uma escola com 22 salas, um espaço maravilhoso pras nossas crianças que tanto merecem e precisam.”]
Considerações finais da convidada: [“Na saúde, preferimos adotar uma política de melhoria da saúde básica, com melhoria dos postos de saúde, montando uma terceira equipe de PSF e investindo na medicina preventiva. Eu costumo dizer que político não tem querer. É o povo que tem que querer o político. O poder é do povo. Então, com relação ao futuro, se eu fizer uma pesquisa, até o ano que vem e eu perceber que o povo quer que a Lauzita continue, a Lauzita vai tentar ficar mais quatro anos. Se o povo assim não quiser, quiser renovação, eu respeitarei...Eu quero ainda, que Delta cresça muito e passe a assumir um papel de destaque na região. Que o povo de Delta realmente volte a amar muito a cidade. Então, creio eu, que tenho muito ainda a contribuir com esse progresso. Então, se Deus permitir e o povo quiser, por que não tentar mais quatro anos pra fazer de Delta uma cidade modelo em Minas e, quem sabe, até no Brasil.
Esse foi o resumo da entrevista da prefeita de Delta Lauzita Rezende da Costa, mostrando como foi assumir uma prefeitura entre atribulações iniciais, mudanças de equipe e suas realizações, até o momento, bem como seus planos para o futuro. Parabéns prefeita e muito obrigado por estar conosco no C.Q.D.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

E chegou o GALERA C.Q.D.! O programa que Igarapava e região tanto aguardavam! Escola Alfredo Cesário abala no debate sobre bullying.





É isso aí...chegou o galera. Terças e quintas, às 16 horas. Debates, enigmas, curiosidades e muitos prêmios. Na Rádio Cidade FM. Sua escola também pode participar. Nessa terça, dia 14 de Junho, foi a vez da Escola Alfredo Cesário estrear junto conosco. E com o interessante tema: bullying. A dupla A, Lorrane Nadja e Rebeca de Oliveira defenderam que há exagero sobre o bullying. A dupla B, Marcelo Precioso e Thalia de Paula, defendem que bullying sempre é coisa séria. Eis o resumo do debate entre duas duplas dessa escola:
PRIMEIRA ARGUMENTAÇÃO:
Dupla A: [“ Então, a questão do bullying, eu acho, sinceramente, que isso é um exagero, a mídia está exagerando demais. Isso é só uma brincadeira.É só uma zoeira que a gente faz, a gente não quer magoar ninguém, a gente não faz com a intenção de magoar. Agora, em pleno século XXI, muito menos, a gente tem mais estrutura, bem mais da hora do que outros tempos, a gente está numa era mais de amizade, sei lá, esse negócio de bullying é uma coisa exagerada. Estão colocando muita lenha na fogueira. Nossa, estão exagerando muito. E outra, quando a gente brinca com uma pessoa, a gente não tem intenção de magoar ela, a gente tem a intenção de estar brincando com ela. Muitas vezes, a pessoa nunca correspondeu, por muita timidez, acho que isso é mais um exagero da mídia.” (Rebeca)]
Dupla B: [“Antes de tudo, eu queria falar bom dia, e que eu acho que o bullying é uma maneira, sim, de agredir a pessoa verbalmente ou fisicamente, e que esse tipo de brincadeira, não é brincadeira isso...isso é uma maneira de ofender a pessoa e do nosso ponto de vista a gente acha que isso é um mal a se combater e isso não é recente, isso já vem lá de 1970. E até agora, só vem piorando a situação (Marcelo)]. [O bullying não é exatamente uma brincadeira. Chega a ser uma humilhação. A pessoa que está recebendo a brincadeira, pode não achar que não é uma brincadeira. A pessoa que faz a brincadeira pode até achar que é. Mas a pessoa que está sendo atingida não gosta. Então a gente tem que ver o ponto de vista da outra pessoa, pra fazer a brincadeira. A gente não pode ficar fazendo essas brincadeiras com a pessoa sem saber se ela está gostando. Ela pode até estar rindo, achando legal, mas por dentro ela está se sentindo muito mal (Thalia).”]

RÉPLICA:
Dupla A: [“A gente prestou bem atenção no que os nossos adversários falaram. Eles falaram sobre o lado da outra pessoa. A gente sempre olha o outro lado da outra pessoa, a gente não vai fazer uma brincadeira por mal. A gente não vê maldade nessa brincadeira. A gente faz uma brincadeira, simplesmente por conversar com a pessoa, a gente está em pleno século XXI, que que acontece, a gente tem que ter mais senso de humor. Por que não é sempre que a gente fizer uma brincadeira que a gente tá querendo afetar a pessoa, humilhar a pessoa. A gente tá querendo simplesmente fazer amizades, se entrosar mais, formar novos grupos, formar novas sociedades..estamos tentando fazer as coisas melhorarem. A gente tá tentando fazer da nossa escola um lugar mais alegre e que que acontece, as pessoas ficam colocando na cabeça dos adolescentes que isso é um crime, que nisso tem muito mal, que isso é um exagero. Num tem nada de exagero, é só uma brincadeira. Isso é uma coisa que eu até fico...sem palavras A pergunta pra eles é: quais são os argumentos que eles têm para serem tão contra essas atitudes. Por que no nosso ponto de vista a gente não vê maldade, a gente não vê essa agressividade toda, a agente não vê esse exagero todo, por que eles falam que a gente humilha a pessoa, que a gente faz a pessoa ficar tímida, que a gente isola a pessoa. Pelo contrário, a gente vai brincar com a pessoa pra ela se entrosar, pra ela, é, juntar com a galera, mas aí ela, se ela não corresponder bem, tudo bem, a gente pára, mas se ela, tipo estiver correspondendo a gente vai continuar brincando, ela vai entrosar com a gente, vai ser vice e versa, então acho que não tem esse exagero todo dessa violência toda que eles estão falando.(Rebeca).
[“sem contar também que, igual eles falaram, ás vezes eles podem estar rindo, mas não podem gostar. E se tá rindo, é porque está gostando. Podem até falar que não está, mas está. Quando a pessoa não ri é por que está gostando, se ela não estiver rindo, também, a gente pára. É, deixa ela lá no canto dela. (Lorrane).
A pergunta é quais são os argumentos, as justificativas, as informações que eles têm pra estar debatendo com a gente, por que a gente acha isso um exagero...”]
Dupla B: [“O bullying não é exatamente uma agressão verbal, mas também é uma agressão física, isso agride a pessoa, ela pode ficar tímida e com isso a pessoa, que tá fazendo a brincadeira pode até chegar a agredir a pessoa, pela não moral que a pessoa agredida..a pessoa se sente mal, ela pode levar a outra ao suicídio...a pessoa que agride brinca, sem saber a hora de parar. A maioria das pessoas são assim. Outras pessoas pensam que sabem a hora de parar, mas não sabem. O bullyinng não é só uma brincadeira. Ele pode levar a muitas coisas.”][“...uma hora a brincadeira perde a graça, né. E pelas pesquisas que fizemos, pode deixar a pessoa até...levá-la a abandonar os estudos, começar a ter baixo rendimento, querer se afastar da sociedade, se isolar dos amigos...”]; [“...de tanto ser humilhada, essa pessoa vai acabar não querendo conversar com ninguém, vai se isolando, querendo até deixar de estudar por causa dessas brincadeiras que eles falam que não é maldade, mas é sim e que um dia podem até levar ao suicídio do aluno que é alvo disso.”]

Quer saber qual o final dessa conversa, como foi a tréplica de cada dupla?...Mais do Galera C.Q.D?....é só ouvir, ao vivo, na Rádio Cidade FM, às terças e quintas-feiras, às 16 horas. Multimidie-se!

Agora, o resumo do comentário final sobre o debate, feito pela secretária de educação municipal, professora Rosa: [“Parabéns aos alunos, que souberam de maneira clara e objetiva colocar a sua opinião contra ou a favor dessa situação do excesso de brincadeiras entre alunos...”]; [“...eu queria acrescentar que eu aprendi, também, que o bullying acontece no mesmo nível hierárquico ou, no caso dos alunos, na mesma faixa etária. O que agente aprendeu, né meninos, é que nós devemos denunciar. Nunca deixe de levar esse problema pra seus pais. Ficar só magoado, ficar chateado. Não. Nós temos que denunciar. Queixar com nosso professor, o qual a gente tenha mais estima, ou com a inspetora, com a servente, com a coordenadora, com a diretora. Sempre denunciar. Nunca deixar passar, por que aí é são causados os traumas. A repetição das brincadeiras sem graça é o que traz os problemas. Tudo o que excede, fica complicado. E essa brincadeira se torna complicada, chegando à violência...”]; [“...eu vou terminar dizendo que esse (o bullying) é um mal que pode ser evitado. Se nós tivermos consciência, como vocês estão tendo, e passar isso adiante, para as crianças menores, para os parentes, isso pode acabar.”].
Nossos agradecimentos a secretária da educação municipal, prof. Rosa, à professora Silvana, diretora da escola Alfredo Cesário. E nossos parabéns aos alunos.
Mais detalhes...no blog do prof. Kiko, no Jornal de Igarapaval e, sempre, na Rádio Cidade Fm.
Fuiiiii

Dr. Francisco Tadeu Molina fala ao C.Q.D. sobre câncer de próstata.



No dia 18 de Maio, esteve nos estúdios da Rádio Cidade FM, no programa C.Q.D., o Dr. Francisco Tadeu Molina falando sobre um tema importantíssimo: o câncer de próstata. Eis os trechos mais importantes de sua entrevista:
Sobre a localização da próstata: [“...a próstata é uma glândula que fica localizada no fundo da bexiga, na parte pélvica do aparelho reprodutor masculino,...e com uma finalidade importantíssima por que a próstata é um órgão que concorre também na formação do líquido seminal pra que possa ajudar os espermatozóides a saírem e atingirem o seu alvo na hora da ejaculação, na hora do ato e da relação sexual. A próstata também tem uma função interessantíssima, que é na função sexual do homem também. Então ela tem uma grande importância para o homem em um controle efetivo na parte reprodutora e temos que ter sobremaneira uma grande vigilância com ela, principalmente após os quarenta anos, principalmente por ser um órgão glandular...”]
Sobre outros problemas, além do câncer, que podem acometer a próstata: [“...o que mais acomete a próstata não é o câncer, graças a Deus...há três principais patologias na próstata: a primeira que devemos atentar é a hiperplasia benigna de próstata, HPB, é um crescimento benigno da próstata e que causa transtornos urinários também, no homem, e leva o homem a pensar no pior mas que uma vez monitorada, dentro daquela faixa etária após os 40 anos, fazendo sua visita regular ao urologista e procurando o recurso devido, nós temos como tratá-la e dar uma melhora enorme na qualidade de vida desse paciente. A outra patologia é a prostatite que é a infecção ou inflamação da próstata que pode ser por via ascendente, quando vem do aparelho urinário por relações sexuais sem proteção, por infecções urinárias, e descendente quando vem através de uma infecção renal e acaba atingindo a bexiga e a próstata levando a sua inflamação. A outra patologia importante seria o câncer propriamente dito.”]
Sobre os porquês de tantos homens adiarem o exame de toque: [“...aí vem o problema de tabú, vem o problema cultural, vem o problema do próprio homem, da natureza dos homens, por que muitas vezes acham que não é fácil fazer o exame, e o exame, quero deixar claro, que é um exame muito rápido, um exame muito ético, um exame muito digno e que a pessoa tem que pensar na sua vida e na sua sobrevida...é um simples exame, de uma natureza em que você está levando uma sobrevida e uma melhora contínua na qualidade de vida desse indivíduo...é mais importante deixarmos de lado todas essas mazelas que nós temos, questões culturais, machismo e etc. e procurarmos o médico da nossa confiança pra que nós possamos ter uma qualidade de vida muito melhor...Deus disse faça sua porte que Eu te ajudarei, e a nossa parte é procurar os recursos médicos disponíveis...”]
O exame de sangue resolve, substitui o exame de toque? [“...dizer que o exame de sangue resolve o problema é balela e é mentira...Esse exame apenas norteia o médico a apenas saber que existe algo errado na glândula prostática. Pode ser uma simples prostatite, uma simples hiperplasia benigna e pode ser um câncer. Eu já tive casos na minha vida profissional em que o indivíduo tinha próstata pequena, com indicador do exame de sangue (PSA) baixo e o indivíduo ter câncer de próstata...é importante salientar que o toque retal ainda é o melhor recurso que o urologista tem...”]
Sobre as chances de cura do câncer de próstata: [“...o câncer de próstata, hoje, diagnosticado precocemente, quando ele está estagiado apenas no processo glandular, ele é curável. Isso é que é o mais importante...há a possibilidade da prostatectomia radical (retirada da próstata) ou a radioterapia, mas nós ainda achamos que a primeira, dentro das condições indicadas anteriormente, leva a uma cura de praticamente 100%...por isso que o exame é importante...”]
Sobre a relação entre alimentação e o câncer de próstata: [“...num estudo de uma universidade americana foi percebido que o indivíduo que ingeria muito alimento que tem gordura de origem animal ele apresentava uma predisposição maior a ter o câncer de próstata...então é bom evitar os exageros com esse tipo de gordura. Mas também foram observadas outras coisas importantes que concorrem que são os enlatados, que são os conservantes...E existe um alimento que também já foi estudado cientificamente e que se descobriu ser benéfico em relação ao câncer que é o tomate, por que ele possui uma substância chamada Licopeno, que concorre para a prevenção do câncer de próstata...”]
Sobre a relação entre a cirurgia de próstata e a potência masculina: [“Isso é outro ponto importante que nós devemos frisar, pois um dos preconceitos maiores do homem, com relação à procura do exame, é que, uma vez diagnosticado o problema, tenha que passar por uma cirurgia. E existe o tabu que, depois que operou, ele pode ficar com disfunção erétil. Na verdade, é o seguinte: a medicina evolui muito. Há trinta anos atrás, nós diríamos que um indivíduo, portador de um câncer de próstata, que passasse por uma prostatectomia radical, fatalmente ele desenvolveria uma impotência sexual ou, pelo menos, uma disfunção erétil. Atualmente, com a evolução das técnicas cirúrgicas, da movimentação na área laparoscópica, isso diminuiu sobremaneira. O que não quer dizer que o indivíduo vai sair de uma cirurgia de câncer de próstata e vai manter exatamente sua potência anterior. Mas, por outro lado, existem, no mercado, medicações que melhoram sobremaneira a função erétil do homem...então com as melhoras nas técnicas cirúrgicas, com a diminuição da invasão na cirurgia de prostatectomia, diminuiu o risco da impotência sexual...com essa melhora, os homens se animaram a decidirem em optar, inclusive, por um tratamento a cabo, levando a cirurgia ou a quimioterapia, ou a radioterapia, dependendo do caso da indicação pra cada caso.”]
Prestes a encerrarmos a entrevista, sempre é concedido um espaço para as considerações finais. E muito me surpreendo, eu, um professor de Física, mas muito humano, quando ouvi do nosso convidado, a seguinte mensagem: [“...e eu me lembro Leandro, de uma história, rapidinho aqui, pra você, se você me permite aqui no ar, de Einstein, ele tinha uma sabedoria inconfundível...uma vez na escola, um professor fazendo uma pergunta crítica, para os alunos, disse o seguinte: Deus construiu tudo que existe no nosso meio? E um dos alunos se levantou e disse: -Sim! Deus construiu tudo. E o professor ironicamente perguntou de novo: Deus construiu tudo? E o aluno: Sim...Deus fez tudo. E o professor: se Deus construiu tudo, então Deus é mal. Por que ele fez o mal. O mal existe e o mal permeia nossas vidas então Deus é mal. E o aluno ficou meio que perdido e confundido. Quando, lá no fundo dessa sala, levanta uma pessoa muito humilde, um aluno simples, e diz ao professor: - Professor. Posso fazer uma pergunta? O frio existe ou é apenas a ausência do calor? A escuridão existe ou é apenas a ausência da luz? Então professor...Agora vou responder à pergunta que o senhor fez ao meu colega. O mal também não existe. É apenas a ausência do bem. Então Deus não é mau. Deus é bom. Esse aluno era Eisntein...”]