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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CUIDADO COM A MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO!! (Parte II)

Até que enfim, né galera...aposto que muita gente achava que a parte dois dessa discussão não vinha mais. Bom, mas eis que retornamos ao tema em questão. Na primeira parte, apresentamos os motivos pelos quais as chamadas "grifes" de educação têm tanto interesse em "abocanhar" a rede pública de ensino municipal. Nessa continuação iremos, como se diz no popular, "mudar de lado no balcão" para analizar os motivos que, geralmente, levam as redes municipais de ensino a adotar a co-gestão de empresas privadas na educação.
Há, por parte dos gestores municipais, a recorrência a duas justificativas "pedagógicas" para a realização de parcerias com o objetivo de compra de sistemas de ensino: a padronização da qualidade do ensino, por meio da homogeneização dos projetos pedagógicos, e a construção de uma identidade para a educação municipal por meio dessa homogeneização. O modelo é um arremedo do proposto pelo e para o setor privado. A causa: a municipalização acelerada e sem pré-requisitos do ensino fundamental. Mas quais os reais motivos para que,muitas vezes, essas parcerias acabem sendo levadas a cabo? Vejamos:
1) QUANDO A DECISÃO NÃO É DO GESTOR: Essas parcerias acabam sendo opção do Executivo e, na maioria das vezes, exclusivas do próprio prefeito. Poucos sãos os Conselhos Municipais de Educação que se posicionam sobre essa decisão, enquanto os Conselhos do FUNDEF e FUNDEB, quando muito, acompanham a prestação de contas e não opinam sobre a decisão já tomada pelo Executivo.

2) QUANDO A DECISÃO É DO GESTOR DESPREPARADO: Não existe a profissão: "Secretário(a) Municipal de Educação" ou "Diretor(a) do Departamento Municipal de Educação". Existem, sim, os respectivos "cargos". Apesar de existirem cursos de pós-graduação que visam preparar para a administração de cargos públicos na educação (gestão pública em educação), o que se vê, muitas vezes, é que esses cargos são ocupados por pessoas ligadas à educação do município (professores, diretores, profissionais da educação aposentados, etc.) mas que não possuem, pelo menos ao assumirem seus cargos, capacitação teórica ou prática para exercer cargo de gestão ou lidar com as implicações funcionais exigidas por esse cargo, deficiências essas que, não raro, quando o tempo de permanência no cargo permite, acabam por minimizar ao longo do exercício desse trabalho. Comumente, o indivíduo que terá a tarefa de decidir sobre a educação municipal é escolhido não pela sua capacidade em desempenhar tal missão, mas sim por afinidade ou comprometimento político com o atual prefeito. Na certeza de que será impossível construir uma carreira nesse cargo (na melhor das hipóteses 8 anos em caso de reeleição do prefeito) e cientes de seu despreparo, muitos dos mandatários municipais da educação optam pelo caminho mais fácil: convencer o poder municipal (na maioria das vezes, leigo em tais assuntos) de que a melhor escolha é contratar um "sistema de ensino" privado e adotar uma co-gestão o que, com o perdão do trocadilho, segundo muitos especialistas contemporâneos, acabará levando a uma congestão educacional.

3) QUANDO A DECISÃO É ELEITOREIRA: alguns dirigentes apontam outros benefícios importantes como resultado da parceria. Estes se configurariam principalmente em ganhos eleitorais, uma vez que a população tenderia a identificar como indicador de qualidade educativa a vinculação da educação municipal a logotipos e marcas de escolas privadas. Na concepção de vários gestores, os políticos municipais têm no sucesso da educação escolar um dos caminhos para "pavimentar suas carreiras políticas", razão pela qual a qualidade da educação privada ter-se tornado atrativa, sobretudo após a ampliação de responsabilidades para a esfera administrativa municipal.

Conclusão: os municípios estão, aceleradamente, agregando condições para que o "privado se expanda para dentro do público", quer seja pela dificuldade ou impossibilidade deste último em constituir quadros e serviços que atendam às necessidades de suporte à oferta educacional, quer pelas frágeis iniciativas de colaboração entre os entes federados, quer seja, ainda, pela habilidade persuasiva do setor privado em se apresentar como alternativa tentadora aos interesses das políticas locais. A ênfase em um ou outro fator não minimiza o indesejável resultado da equação.

Bem, discutidos os motivos dos grandes impérios ou grifes educacionais para investirem nas redes municipais de ensino, bem como as principais razões para que esses municípios cedam a essas investidas, estaremos comentando isso tudo e expondo nossas conclusões finais (o mais respaudadas em dados e referências especializadas o possível) na terceira e última parte desse tema: CUIDADO COM A MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO!! (Conclusões!!!)

Até lá e um grande abraço.

Prof. Kiko.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CUIDADO COM A MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO!! (Parte I)


Nessas andanças por esse nosso Brasil Varonil...com aulas, projetos educacionais e etc...me deparo, cada vez com mais frequência, com a adoção, por parte de secretarias municipais de educação, de pacotes educacionais oferecidos pelos denominados SISTEMAS DE ENSINO (popularmente conhecidos, no próprio meio, como "grifes educacionais"). A mola-mestra desse modelo de trabalho é a compra e aplicação de material didático apostilado, acompanhada de alguma assistência em capacitação e/ou treinamento de docentes, certo acervo de softweres educacionais e apoio via internet, fazendo da instituição contratante uma parceira ou franqueda dos, autodenominados, sistemas de ensino (COC, Objetivo, Anglo, Positivo, Uno, Etapa, Pitágoras e etc.).

Minha opinião sobre essa situação será dada a seguir, pautada, muitas vezes ipsis litteris, no trabalho de três pesquisadoras da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS): Elsia Esnarriaga de Arruda, Carolina Nunes Kinjo e Mariana Monfort Barboza, trabalho este denominado: O PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, EM UMA CAPITAL BRASILEIRA DE PORTE MÉDIO - que pode ser baixado nesse blog na coluna da direita, clicando na figura idêntica à que ilustra essa postagem.

Ora, não sejamos ingênuos em contestar o fato de que, há muito tempo, a educação é uma mercadoria, visto que a Organização Mundial do Comércio a define como serviço comercial, sujeito às regras de comércio. No sistema capitalista vigente, a tendência é que as necessidades humanas sejam satisfeitas no mercado e a educação é uma dessas necessidades. O cuidado a se tomar aqui é que essa voracidade mercadológica fique circunscrita ao seu nicho específico, ou seja, às cúpulas financeiras dos sistemas educacionais acima citados, não contaminando o tecido educacional formado por docentes, coordenadores, diretores, alunos e familia.

Mas antes de qualquer opinião, vamos dar uma olhada em algumas informações interessantes:

Do lado dos "sistemas de ensino" justifica-se essa corrida pelo aluno da rede pública pelo crescente desse mercado, sendo que de 1991 a 2006 o número de matrículas subiu em mais de 12 milhões contra pouco mais de 1 milhão do setor privado no mesmo período. De olho nesses números, só no estado de São Paulo, até 2007, o setor privado já tinha conseguido cravar suas garras em 25% dos municípios.
Um outro e, por que não dizer, mais "subterrâneo" motivo a impulsionar essa busca é a, cada vez mais frequente e incisiva, posição do MEC em repensar o sistema educacional vigente no Brasil, avaliando faculdades, propondo um ENEM mais eficiente e representativo, ressaltando a real importância dos PCNs (o que destaca a interdisciplinaridade e o pensamento crítico), postura essa que leva a imaginar que, em tempo relativamente curto (principalmente quando se fala em corporações de ensino e em milhões investidos), o vestibular mude ou acabe (nos atuais moldes) e todo formato do ensino no Brasil venha a ser alterado, o que provavelmente invibializaria o atual "apostilismo", marca registrada da pasteurização que esses "sistemas de ensino" impõem à real educação, levando essas empresas a uma urgência de exploração do mercado.
Com relação à real qualidade do modelo educacional apresentado pelos "sistemas", para resumir a discussão a um único mas importante parâmetro, usaremos a apostila como referência de análise, visto que é o carro chefe desse modelo de gestão educacional.
Denomina-se de apostila o material comercializado pelos "sistemas de ensino" com inúmeros formatos, em oposição ao livro que tem um padrão fixo. A apostila surge na década de 1950, para ser tradicionalmente utilizada em cursos preparatórios para concursos, exames de admissão ao ginásio, supletivos e passa a ser um método de ensino para o vestibular (TREDICI, 2007, p.1). Até aí tudo tranquilo. Esse tipo de material estava adequado ao seu objetivo. Porém foi no final da década de 1990 que se observou a adesão maciça das escolas privadas ao sistema de apostilas, preocupadas em atender pais e alunos ansiosos com a concorrência do vestibular (e as escolas públicas acabaram seguindo a mesma linha) (LIMA, 2006, p. 1).
As reportagens na mídia, que defendem o livro didático, levantam dúvidas sobre a qualidade do ensino por meio de apostilas, por possuírem duvidoso controle de qualidade (VERBA..., 2006; NIGRO, 2007). Chegam até mesmo a afirmar que a escola cujo ensino é totalmente apostilado comete uma fraude pedagógica, servindo como fonte de lucro para os grupos (LIMA, 2006).
A crítica não deve ser dirigida ao uso eventual de apostilas artesanalmente elaboradas pelo professor ou por sua escola, mas sim, à pressão da ideologia do mercado que faz da apostila um método único de saber e de poder; de ensinar tudo a todos como se estivessemos no século XVII, mas envoltos numa aura de ensino “moderno” ou “pós-moderno”[...]No fundo, trata-se de uma visão da escola como se ela fosse uma empresa, que deve ser eficiente e obter resultados (LIMA, 2006, p. 2).
Segundo Nigro (2007), as apostilas não possuem avaliação e muito menos a aprovação do MEC, restrigem a liberdade do professor que tem prazo determinado para o cumprimento do contéudo, passando a ser um mero aplicador de apostilas, custam em geral mais caro que os livros, são consumiveis, necessitando ser compradas todos os anos e possuem erros grosseiros.
Segundo Tófoli (2006, p. 1) apesar de não ser ilegal, as parcerias são contestadas por especialistas, já que o dinheiro público é repassado ao setor privado e nem sempre os convênios firmados garantem uma melhora na qualidade de ensino.
Portanto, uma objeção fundamental contra a adoção de ensino apostilado em toda uma rede escolar é que uma única filosofia e um único padrão de material didático reduzem o debate pedagógico drasticamente: o trabalho de pensar a educação restringe-se à empresa fornecedora de material; os professores tornam-se simples reprodutores de coisas elaboradas previamente por profissionais fora da realidade concreta de suas escolas. Qualidade de ensino não é um “produto” que possa ser vendido separadamente de bons professores e boas condições de trabalho para o docente (SIQUEIRA, 2007, p. 9).
A discussão acadêmica acerca da utilização de apostilas, ainda que incipiente, informa que a apostila fragmenta o conhecimento, por sua rígida estruturação, impõem modelo de conduta homogêneo aos professores, que deixam de pensar por si próprios, tratam o ensino como “grife” (TREDICI, 2007; AQUINO, 2007).
Um dado estatístico importante, que corrobora com a incerteza sobre a qualidade do mercadejamento do ensino (principalmente o público), é que, dentre as instituições pesquisadas no trabalho citado no início deste artigo, 25% já havia mudado o "sistema" fornecedor.
Para a parte II dessa discussão ficam os motivos para que as secretarias municipais dee educação adotem os "sistemas de ensino" como co-gestores educacionais e nossas conclusões e opiniões finais.
Aquele abraço.
Prof. Kiko
Bibliografia: Todos os autores citados aqui fazem parte da bobliografia do trabalho O PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, EM UMA CAPITAL BRASILEIRA DE PORTE MÉDIO - Elsia Esnarriaga de Arruda, Carolina Nunes Kinjo e Mariana Monfort Barboza (todas UFMS) - que pode ser baixado, na íntegra, nesse blog clicando na fugura "APOSTILAS" da coluna à direita.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

EEEE...NEEMMMM....e agora MEC?

Depois de alguns dias do vazamento das provas do ENEM desse ano, muitos dos leitores desse blog nos cobravam, através de e-mails, a falta de postagens sobre o tema.
É que uma confusão dessas pede alguns dias para que os pontos mais importantes sejam esclarecidos, tais como: quem são os culpados...como se deu o vazamento...que providências serão tomadas...etc.
Agora já nos sentimos mais à vontade para comentar o assunto.
É desapontador que, no seu teste de batismo como grande elo comum aos diferentes sistemas de seleção em Universidades Federais e particulares, em todo o Brasil, o ENEM tenha que passar por uma provação bem maior que a que impões aos concursandos.
O mais importante, na minha opinião, é que, ao que parece, as diferentes instituições de ensino superior não perderam a confiança no MEC e estão, cada qual à sua maneira, se solidarizando com o ministério e procurando soluções para que o exame possa ser aplicado sem mais turbulências, em datas que minimamente venham a prejudicar os alunos e os processos seletivos específicos de cada instituição.
Já há um entendimento entre 55 representantes de universidades federais, de 31 instituições federais de ensino e de todas as secretarias estaduais de educação no sentido de, caso seja necessário, adiar o início das aulas de 2010 para março, medida essa que viabilizaria a utilização dos resultados do exame do ENEM, já em nova data. Há também o estudo de adiamento de algumas datas de vestibulares para que não coincidam com a nova data do ENEM, que deverá ser no último final de semana de novembro (28 e 29) ou no primeiro de dezembro(5 e 6).
A nova prova já está montada e uma prova reserva também. O que deverá tomar mais tempo é a nova logística de impressão, armazenamento e distribuição, bem como a análise dos pontos falhos de segurança.
Resta aos estudantes esperar para essa quarta-feira o anúncio da nova data e se preparar (quem ainda não o fêz) ou melhorar a preparação (quem já estava preparado) e, por que não dizer, se conformar com o fato de que o vazamento foi descoberto antes da aplicação do exame...já pensou se isso viesse à tona depois...como a confusão seria mais séria?
Um abraço.
Prof. Kiko

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TOMARA QUE ASSIM SEJA, GRANDE PLÍNIO...


Um trecho de Plínio Marcos (que ontem, 29/09/2009, faria 74 anos), qua faz parte das muitas de suas idéias que foram cerceadas pelo regime militar: " ...porque, na verdade, a tendência do homem é a dignidade. Um dia, quando tudo parece perdido, a dignidade se manifesta e recupera os seus espaços."

Segundo suas palavras, grande Plínio...ainda há esperança para nosso congresso nacional...

Prof. Kiko

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

AINDA AGUARDAMOS A RESPOSTA PARA A PERGUNTA: QUAL A ÚNICA PALAVRA DA LÍGUA PORTUGUESA, QUE, NO PLURAL, TERMINA COM A LETRA "R" ?

Enviar respostas para kikofisica@gmail.com ou pelos comentários da postagem.

ESTÍMULO EM EXCESSO GERA CRIANÇA COM MALES DE ADULTO.


'Superpais' saturam filhos com atividades e causam distúrbios, como depressão e fadiga
Simone Iwasso


Cercadas de estímulos e equipadas com aparatos tecnológicos que dão acesso a todo tipo de informação, parte das crianças de hoje vive um novo tipo de infância. Nesse cenário, mais comum entre as classes média e alta, a obrigação é ter o melhor e ser o melhor - ótimos alunos, bons esportistas e com talentos artísticos em desenvolvimento.

O resultado: expectativas e cobranças altas que geram pressão, levando a criança a se parecer com ser adulto - ainda que seja um adulto infantilizado. Não à toa, esse grupo tende a apresentar, ainda na infância, distúrbios e sintomas típicos de homens e mulheres da vida moderna. Crescem os casos de depressão, autoagressão, distúrbios alimentares e fadiga crônica precoces.

Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) aponta que 5 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos no País (12,6%) têm sintomas de transtornos psiquiátricos. Para atender a essa demanda, há ambulatórios que oferecem assistência no tratamento de depressão para crianças a partir dos 3 anos. Também são comuns problemas relacionados ao stress, como dores de cabeça e estômago.

Esse quadro tem gerado um número crescente de crianças que tomam medicamentos para alterar sua conduta e seu estado de ânimo - em muitos casos, segundo pesquisas, sem necessidade. Cerca de 10% das crianças americanas tomam remédios e, no Brasil, a venda dessas substâncias mais do que quintuplicou nos últimos cinco anos.

"Vivemos uma época de superpais que querem criar superfilhos, mas o resultado é uma supercriança para sempre, que, ao mesmo tempo em que é carregada de atividades escolhidas pelos pais, não tem autonomia para amadurecer e fazer escolhas", resume a psicóloga Lidia Aratangy, da PUC-SP. "Viram filhos troféus para os pais".

Na avaliação da psicóloga, esse cenário está ligado à insegurança dos pais que, confusos e perdidos na sociedade atual, buscam preparar seus filhos para o mundo sobrecarregando-os de atividades e, como compensação, satisfazendo todos os seus desejos.

"Acredito que o maior fator para a cultura desses superpais é o medo. O medo de deixar o potencial das crianças para trás, de que com isso elas podem ser prejudicadas no futuro, que serão infelizes por uma negligência", afirma o historiador escocês Carl Honoré, autor de um livro sobre o tema (mais informações nesta página).

No caso da fonoaudióloga e pedagoga Claudia Cotes, mãe de duas crianças, os excessos cometidos com a primeira filha a fizeram repensar a educação do segundo. "Com a Carolina, eu aplicava tudo o que aprendia na faculdade. Estimulava de todos os jeitos, ficava em cima, aplicava exercícios de neurociência, matriculei na escolinha bilíngue. Se ginástica era importante, ela ia fazer ginástica. Se música é importante, ia aprender música", diz.

"Mas ela ficou tão estimulada que ficou uma criança chata. Perdeu o interesse, achava que não precisava fazer mais nada. Aí percebi o erro e amadureci como mãe", diz. Ela conta que, no segundo filho, fez tudo diferente. "Com o Vitor, deixei as coisas acontecerem no seu tempo, sem tanta pressão, sem tanta ansiedade. E vejo que ele é hoje uma criança mais tranquila e mais feliz."

BULA PARA EDUCAR
Mas a educação não depende só dos pais. Nesse processo entra também a escola que, com dificuldades para lidar com estudantes que saiam um pouco de um ideal imaginado, recorre ao vocabulário médico - os mais distraídos, desobedientes ou tímidos são logo diagnosticados com algum distúrbio, em um processo chamado de medicalização ou patologização do fracasso escolar.

"Para lidar com uma criança qualquer, não existe bula nem fórmula. Mas para lidar com uma uma criança com déficit de atenção existe uma bula. Vivemos um grande engodo", afirma a psicóloga e psicanalista Adriana Carrijo, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Vivemos na sociedade do hiperestímulo, sem foco, e o processo educacional demanda atenção."

Na prática, casos de pais e escolas que se apoiam nesses diagnósticos para proteger as crianças acabam sendo comuns. "O pai leva o atestado para a escola, que fica obrigada a dar atenção especial e prova diferente para essas crianças. Tem criança que cresce acreditando que sem remédio não pode fazer uma prova", diz.

"Hoje, as crianças ficam o dia todo ocupadas, em um entorpecimento", diz a psicopedagoga Irene Maluf, conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Segundo ela, essa rotina está longe de significar aprendizado. "A criança vira um produto e o que ela mais precisa, que é o tempo e a atenção dos pais, é o que ela menos tem. Quantos pais chegam em casa do trabalho e param para brincar com seus filhos?"

Texto retirado, na íntegra da edição de 20/09/2009 - Domingo do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PERGUNTA PARA OS LEITORES

QUAL A ÚNICA PALAVRA DA LÍNGUA PORTUGUESA QUE, NO PLURAL, TERMINA COM A LETRA "R" ?

AGUARDAMOS RESPOSTAS PELOS COMENTÁRIOS OU PELO E-MAIL:

kikofisica@gmail.com

abração.
Kiko

UMA CONVERSA HONESTA SOBRE A BURRICE - PARTE 2


Na primeira parte dessa discussão, uma das idéias que mais chamou a atenção dos leitores foi a de que somos todos um pouco burros, cada qual a sua maneira, mas que estamos dispostos a dmitir que somos um pouco loucos... mas burros "jamais".

Isso ocorre porque nosso cérebro funciona de maneira a ocultar essa verdade.

Por exemplo, as estatísticas informam que 50% dos motoristas não sabe dirigir. Alguns acham difícil estacionar, outros trafegam a 20km/h e há aqueles que ocupam duas faixas como se a rua fosse sua. Mas esse pessoal não sabe disso, não aceita esse fato.

São pouquíssimos os bastante inteligentes para aceitarem que não dirigem direito, muito pelo contrário. Números mostram que cerca de 80% dos internados por acidentes automobilísticos crêem pertencer à elite dos motoristas. A grande maioria credita a responsabilidade do acidente ao azar ou a algum idiota que cruzou seu caminho. E há uma explicação para esse comportamento.

Explica Cordélia Fine, pesquisadora do Centro de Filosofia Aplicada da Universidade de Melbourne (Austrália) : " o fracasso é um dos principais inimigos do nosso ego, da nossa auto-estima. Portanto, o cérebro, esse vaidoso, trabalha intensamente para criar obstáculos à idéia de que somos falhos".

Esse raciocínio pode explicar como várias escolhas são feitas de modo burro, desconsiderando avaliações mais detalhadas dos prós e contras e dados estatísticos reais. Ao se casar, por exemplo, a pessoa toma uma decisão que implica em vínculo vitalício. Mas quantos, ao adentrar a igreja ou cartório, têm a concreta consciência de que, estatiscamente, o casamento tem 50% de chances de fracassar? Na hora do "aceito", só sabem dessa realidade os pais, os amigos, parentes e até mesmo o padre e o oficial de justiça. Os noivos apresentam uma obstinação cega, totalmente certos de que será um matrimônio que contrariará todas as regras. Até por que, se assim não fosse, a continuidade da existência da espécie humana estaria ameaçada...não é mesmo?

Outro sintoma da maneira protecionista com a qual nosso cérebro trabalha em prol de nosso ego é a enorme dificuldade que temos em admitir nossos erros de avaliação. Nós nos agarramos às nossas convicções como a coletes salva-vidas num naufrágio. Durante a nossa vida, em geral, fugimos e repudiamos novos desafios a nossa ideologias. Damos preferência a amigos, livros e jornais que se afinam com nossas opiniões e valores e, nos cercando de pessoas oportunistas, reduzimos as chances de que nossas opniões sejam questionadas.

Em diversos ramos das pesquisas, a burrice se destaca de forma pontual: comumente, se os resultados de um estudo batem com nosso ponto de vista, o estudo é sério e convincente. Do contrário, se contrariam nossas expectativas, o processo é julgado cheio de defeitos, ultrapassado e etc. Isso explica por que frequentemente é inútil tentar mudar a opinião de um obstinado, mesmo que suas idéias sejam claramente erradas.

Todas as vezes que nosso cérebro faz previsões de futuro, a tendência é que produza quadros otimistas. Um exemplo disso é o fato de que é muito comum estarmos sempre certos de que nosso time vai ganhar o jogo, embora haja outra possibilidade. As previsões hiperotimistas são frequentes também nas bancas de apostas, cassinos e loterias, onde se desperdiça dinheiro por que a capacidade de julgamento fica dominada pelo desejo de vencer. E qual a razão desse estúpido otimismo do cérebro? Ele nos poupa das verdades desconfortáveis.
Deborah Danner, pesquisadora da Universidade de Kentucky (EUA), examinou os efeitos do otimismo e do pessimismo na longevidade em 180 noviças norte-americanas. Quanto mais otimistas as religiosas, mais tempo viviam. As mais joviais viveram, em média, uma década a mais que as pessimistas, que apresentavam quadros depressivos. É claro que ser realista e ao mesmo tempo sereno e otinista seria o ideal...seria a ausência de burrice...a inteligência pura.
Mas como isso, durante toda a vida é estatisticamente impossível...não há dúvida de que se é para viver mais e ser mais equilibrado...às vezes um pouco de burrice não é o fim do mundo.

Aquele abraço e até a próxima.
Professor Kiko.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MOTIVO DA AUSÊNCIA DE ATUALIZAÇÕES

Salve galera fiel ao BLOG DO PROFESSOR KIKO...
Aqui estou para justificar minha ausência desde os últimos dias de junho.
Tive que passar por uma cirurugia na face para retirada de um pequeno (porém perigoso) câncer de pele. Como essa lesão se situava muito próxima ao olho esquerdo, o período pós-operatório afetou a capacidade visual e me impediu de trabalhar no computador. Mas estando quase 100% recuperado, espero estar atualizando normalmente o blog a partir da semana que vem.
Um grande abraço a todos os leitores e seguidores do blog. Vocês são a grande razão do nosso trabalho na web.
Fiquem com Deus e não se esqueçam (principalmente os mais branquinhos): usem protetor solar para não terem o dissabor de passar, um dia, por uma cirurgia como eu.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ITUVERAVA AGORA TAMBÉM JÁ É CRAZY GENTE !!!
























Nos dias 25 e 26 de Junho, o CRAZYLAB – Sistema Interativo de Conhecimento esteve se apresentando na cidade de Ituverava para alunos de quatro escolas: A E.E.E.M. Capitão Justino Falleiros e as escolas particulares Nossa Senhora do carmo-COC, Liceu Van Gogh-Anglo e Escola Francisco de Assis-Positivo.
Através do apoio da Secretária Municipal de Educação Maria Sara Abdalla Martins o Centro Cultural Municipal foi cedido por sua diretora Maria das Dores Alves Ferreira Azevedo (Dodô) para que esse excelente projeto de iniciação científica pudesse ser apresentado para alunos do 6º ao 9º ano do fundamental e 1ª a 3ª séries do ensino médio das escolas acima citadas.
Um dos principais objetivos do projeto Crazylab é democratizar a iniciação científica bem como a prática da interdisciplinarização e interativismo, conceitos interessantes, mas que, via de regra, ficam relegados aos textos dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ou, quando muito, povoam as reuniões entre professores e diretores de grande parte das escolas.
Há ainda estudos para viabilizar a vinda desse projeto para as escolas municipais de Ituverava e para o colégio NC-Objetivo, nesse caso, dentro das próprias escolas.
As próximas cidades a receberem o Crazylab serão: Igarapava (Centro Paula Souza, na primeira semana de Agosto) e Delta (Secretaria Municipal de Educação em data a confirmar).

quinta-feira, 18 de junho de 2009

UMA CONVERSA HONESTA SOBRE A BURRICE - PARTE 1


Tantos anos (mais de 17) trabalhando com escolas e educadores, seria de se espantar se eu não tivesse ouvido um sem número de vezes os termos “burro” ou “burrice”. Nós professores, muitas vezes, temos a tendência de simplificar situações, usando palavras como essas para rotular. Pensando nisso e dando uma boa vasculhada na internet e revistas especializadas, encontrei um material que, com humor e boa dose de tratamento científico, nos permite uma sincera e divertida discussão sobre o tema.
Qual o significado de burrice? Para nosso espanto, saibam que não é o oposto de inteligência, visto que muitas pessoas inteligentes, ocasionalmente, se passam por burras. Um economista Italiano, Carlo Cipolla, define o indivíduo burro como “ Uma pessoa que causa algum dano a outra pessoa ou grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou mesmo se prejudicando.”
De acordo com Cipolla, a burrice é muito perigosa por ter a característica de se traduzir em ações, tanto que até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos pertinentes à burrice. A burrice oferece mais perigo que a crueldade, visto que a segunda tem lógica compreensível e por isso pode ser compreendida e enfrentada.
Vejamos as cinco “leis fundamentais da burrice” segundo Cipolla:
1) Todos nós sub-avaliamos o número de burros em circulação.
2) A probabilidade de que uma pessoa seja burra independe de qualquer outra característica dela (educação e ambiente, por exemplo).
3) Burro é quem causa prejuízo aos outros sem tirar qualquer vantagem para si mesmo, ou até sofrendo algum prejuízo.
4) As pessoas não-burras sempre subestimam o potencial nocivo dos burros. Em especial os não-burros sempre esquecem que, em qualquer momento ou lugar, trabalhar e/ou associar-se a burros resulta infalivelmente num erro muito caro.
5) O burro é a pessoa mais perigosa que existe.

E mais três de outro especialista Italiano (por que será que tantos especialistas em burrice são italianos?) Giancarlo Livraghi:
1) Em cada um de nós existe um fator de burrice sempre maior que imaginamos.
2) Quando a burrice de uma pessoa se alia à de outras, o efeito cresce em proporções geométricas.
3) Combinar inteligências de várias pessoas é mais difícil que juntar as burrices.
Nós todos estamos prontos a aceitar que somos um pouco loucos, mas burros...jamais! A burrice tem 3 características fundamentais:
A) Ela é inconsciente e reincidente: o burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro. Tais características contribuem por tornar a burrice devastadora. A pessoa estúpida não reconhece os próprios limites, fica cristalizada em suas certezas e não sabe mudar. Logo, de acordo com mais um especialista italiano, o psicólogo Luigi Anolli, “no âmbito clínico, a burrice é a pior doença, por ser incurável.”
B) A burrice é contagiosa. As multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as integram. Isso explica por que populações inteiras (como na Alemanha nazista) podem ser condicionadas a seguirem objetivos insanos.
C) Além da coletividade, outro fator atua como amplificador da burrice: estar numa posição de comando. “O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão (até que enfim um que não é italiano) Friedrich Nietzsche. Além se julgarem mais capazes que o resto da humanidade, os poderosos são, frequentemente, cercados de bajuladores e aproveitadores que reforçam constantemente essa distorção.
Bem, é de se esperar que se há vários tipos de inteligência: matemática, visual, física, musical, emocional, social, ambiental, espiritual e prática, que existam também mais de uma categoria de burros.
Pensemos um pouco sobre essas informações e conceitos até a próxima postagem, onde publicaremos “Uma conversa honesta sobre a burrice – parte 2”, ficando pelo menos com um adendo a um ditado famoso: “de médico e louco, todos temos um pouco”...e agora de burros também. Portanto, pensem bem antes de recriminar a “burrice” alheia.
Até lá leitores e obrigado pelas críticas e sugestões.

terça-feira, 2 de junho de 2009

CRAZYLAB AGORA TAMBÉM EM ITUVERAVA


Após conseguir autorização da Diretora Regional de Ensino de São Joaquim da Barra, Profa. Rení Gomes, para que o Crazylab possa ser apresentado para alunos da rede estadual subordinada a essa diretoria de ensino, estaremos nos dias 25 e 26 de junho, quarta e quinta-feira, apresentando nosso projeto para os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Capitão Antônio Jutino Falleiros de Ituverava, Colégio Liceu Van Gogh, Colégio Positivo e COC. O Colégio NC-Objetivo fêz a opção de programar a ida de todo o projeto para a escola no segundo semestre. Com o apoio da secretária municipal de educação Profa. Maria Sara Abdalla Martins (foto), que prontamente cedeu o Centro Cultural Municipal de Ituverava para a realização das apresentações do Crazylab na cidade e das diretorias das respectivas escolas envolvidas esperamos obter o mesmo sucesso que tem norteado todas as nossas visitas anteriores.

A divulgação e venda de ingressos será feita nas escolas a partir da terça-feira que vem, dia 9 de junho.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

OPINIÕES SOBRE CRAZYLAB EM ARAMINA E BURITIZAL






Professor Nelson Scandiuzzi e Professora Carmen Silvia respectivamente secretários municipais de educação de Aramina e Buritizal enfatizam o belo trabalho do Crazylab em suas cidades: "Esse projeto tem tudo para se tornar o melhor projeto de iniciação e de popularização da ciência no Brasil..."afirma o Sr. Nelson e confirma D. Carmen: "iniciativas assim dão novas luzes à educação..."

O Crazylab agradece as palavras de incentivo e o apoio dado à nossa equipe tanto em Aramina, como em Buritizal.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

CRAZYLAB É VOLUNTÁRIO EM PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO EM ARAMINA


Desde sua abertura no Brasil, em 2007 na cidade de Goiânia – GO, o Crazylab faz questão de participar, apoiar e incentivar projetos educacionais de natureza não-comercial, como assessoria científica e educativa gratuita a programas educacionais da TV Cultura e ao programa Tempo Cultural da Rede TV da capital goiana, apresentações gratuitas do projeto Crazylab a grupos de deficientes visuais e escolas carentes também de Goiânia e etc.
Agora, com sua segunda unidade atendendo Alta Mogiana e Triângulo Mineiro, o Crazylab irá atuar, na pessoa de seu diretor técnico e pedagógico Prof. Kiko, que a mais de 16 anos atua nas redes COC, Anglo e Objetivo, com aulas voluntárias de Física num interessante projeto que nasceu, desde maio desse ano, na escola Fábio José de Araújo, em Aramina.
Esse projeto, cuja gestão fica a cargo da Profa. Leni Aparecida Bonomi Furlan Santos e a coordenação com a Profa. Priscila Requi, oferece um curso pré-vestibular gratuito, aos sábados, aos alunos do ensino médio da referida escola. Para ministrar as aulas foram recrutados professores voluntários de diferentes áreas, tais como: Kamila Pimentel (Biologia), Leonardo Requi (Química), Priscila Requi (Matemática), Kiko (Física), Ana Cristina Caetano (Geografia) e outros. Segundo a Profa. Leni, já há cerca de 40 alunos matriculados: “Os alunos têm vontade, mas muitas vezes falta dinheiro...então decidimos implantar o cursinho aqui na escola”.
O Crazylab, além da participação pessoal do Prof. Kiko irá disponibilizar, sem nenhum custo, seus equipamentos científicos e tecnologias da informação em animações e etc. para que as aulas alcancem o melhor nível possível em conteúdo e motivação.
Parabéns Escola Fábio José e responsáveis pelo projeto.
São iniciativas assim que mostram que, tão importante quanto fiscalizar e cobrar o governo estadual e federal quanto a investimentos na educação, é igualmente valioso tomar a frente e causar as melhorias que estejam ao alcance da própria comunidade educacional local.

terça-feira, 26 de maio de 2009

CRAZYLAB EM BURITIZAL - SÓ ELOGIOS !!

Nos dias 21 e 22 de maio, o Sistema Interativo de Conhecimento – CRAZYLAB levou sua equipe e seus experimentos para atender aos alunos da rede pública de Buritizal, a convite da Chefe do Departamento Municipal de Educação – Profa Carmen Silvia R. T. da Silveira. Foram atendidos alunos de diversas idades e das mais variadas séries, inclusive do Tele-Curso e E.J.A. – Educação de Jovens e Adultos, mostrando que o trabalho do Crazylab não tem limites de faixa etária, visto que a ciência, um patrimônio da humanidade, é a mesma para todos, e todos têm o direito de serem iniciados e inseridos nesse contexto.
Um dos principais objetivos do projeto Crazylab é democratizar a iniciação científica bem como a prática da interdisciplinarização e interativismo, conceitos interessantes, mas que, via de regra, ficam relegados aos textos dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ou, quando muito, povoam em tom de utopia as reuniões entre professores e diretores de grande parte das escolas.
Usando suas três seções: 1) Faça você mesmo, 2) Seção Hightec e 3) Experimentos Interativos o Crazylab já levou (sem contar os mais de 30 mil alunos no estado de Goiás) à Escola Viva (Igarapava – 200 alunos), Secretaria Municipal de Educação de Aramina (1000 alunos) e Secretaria Municipal de Educação de Buritizal (850 alunos) uma boa idéia de todo o potencial que esse projeto abrange, como parceiro das escolas, sejam elas particulares, municipais ou estaduais. Com relação a essas últimas, a mais recente conquista do Crazylab foi a anuência da Diretoria Regional de Ensino de São Joaquim da Barra, na pessoa da Diretora Regional Profa. Rení Gomes, em relação ao projeto ser apresentado para a apreciação das direções e colegiados das escolas estaduais da região, visando possível apresentação do projeto aos alunos da rede estadual submissa á essa coordenadoria.
Parabéns Prefeitura Municipal de Buritizal, de Aramina e Direção da Escola Viva. Vocês abriram as portas dessa região a um projeto que tem tudo para ser um dos mais importantes e populares, no melhor sentido da palavra, projetos de iniciação e democratização da ciência do Brasil.
Leitores das demais cidades da Alta Mogiana e Triângulo Mineiro aguardem. As Secretarias Municipais de suas cidades, escolas estaduais e escolas da rede particular estão sendo visitadas pelos coordenadores do Crazylab para que essa divertida, didática e motivante forma de aprender ciência possa, o mais breve possível, estar visitando a sua cidade e a sua escola.

sábado, 16 de maio de 2009

Seja bem vindo ENEM...Novo e obrigatório!


Minerva, deusa da sabedoria na mitologia greco-romana, deve estar por se aliar a Éolo, deus dos ventos, para que boas brisas soprem na educação brasileira nesses últimos dias.
Primeiro, a mudança do ENEM para o NOVO ENEM, no qual o novo formato da prova abarcará um conteúdo “mais enxuto”, deixando de lado preciosísmos, que só se justificam a quem pretende seguir carreiras específicas. Além disso, será mais focado na compreensão de problemas e vai banir questões que requerem a memorização de datas históricas ou fórmulas matemáticas. Outra decisão é o fim das questões com "pegadinhas", visto que esse tipo de ardil apenas indica o grau de sadismo do examinador e não do conhecimento do examinado.
Com esse novo exame, o formando do ensino médio poderá ainda, em mais uma mudança muito bem vinda, de posse de sua nota em um único exame, pleiterar vagas em várias faculdades, públicas e privadas, em todo o país, desde que as mesmas tenham aderido ao Novo Enem como forma total ou, no mínimo, parcial de seleção (há faculdades que usarão a prova apenas como exame de 1a fase, mantendo a segunda fase no vestibular próprio) evitando assim a tradicional “peregrinação” dos vestibulandos durante várias tentativas em diferentes vestibulares.
Mais recentemente, vem a notícia, também positiva, que o Novo Enem será obrigatório (até o final de 2009 ainda será facultativo) para todos os alunos da rede pública, sendo inclusive necessário para a aquisição do certificado de conclusão do ensino médio.
O ensino médio é, hoje, o mais problemático e de pior qualidade em todo o país e, inclusive na opinião dos secretários estaduais de educação, carecia de uma avaliação universal para que se possa, em cada caso, saber o melhor tipo de política pública a ser adotada para solucionar os problemas. Outra vantagem, para o sistema educacional, da obrigatoriedade do Enem para a rede pública, está no fato de ele funcionar como um norteador para o que deve ser ensinado nas escolas - já que na maioria dos Estados não há um currículo mínimo.
Porém, como é aconselhável em qualquer mudança, é necessário que se atente para alguns riscos na implantação dessa nova fórmula. Um importante cuidado a se ter é com a total centralização de parâmetros de avaliação que ocorrerá. Deverão ser consideradas as diferenças regionais, e há que se encontrar uma linha de avaliação que equilibre essas diferenças num mesmo exame. Outro cuidado é o de se ter em mente que, apesar de positiva, será implementada uma mudança muito rápida, na qual os profissionais de educação e o aluno não podem ser esquecidos diante de outros interesses, com o risco de que um processo promissor venha a acabar se consagrando como mais um gigante ranking de escolas, estigmatizando e desestimulando as piores.
Mudando um pouco de assunto, ainda há a boa nova que para os propfessores do Estado de São Paulo, aprovados futuramente em concursos públicos, será instituído um curso obrigatório de quatro meses, no qual o concursado receberá aulas teóricas sobre o conteúdo que lecionará e aulas práticas, na forma de estágio supervisionado dentro das escolas. Após esse curso fará uma prova sobre esse aprendizado e se não atingir uma determinada nota...nada feito! Não assume o cargo. Autoritarismo? Bem, não dá pra esquecer que em dezembro do ano passado, a mesma secretaria de São Paulo aplicou, para detectar apenas o domínio da matéria ensinada por cada docente, uma prova na qual, nada menos que 3.500 professores tiveram nota zero. Ou seja, não possuem nehum domínio do assunto que pretendem ministrar.
É por essas e outras que, num país que necessita, e muito, avançar educacionalmente dentro e fora da sala de aula, qualquer brisinha de boas notícias ressoa como ventania de boas esperanças. Parabéns MEC pelo Novo Enem e parabéns governo de São Paulo pela inovação do curso qualificador e prova de efetivação do cargo.
Até a próxima pessoal....!

terça-feira, 31 de março de 2009

EM ARAMINA, CRAZYLAB ATENDE CERCA DE MIL PESSOAS







Nos dias 19 e 20 de Março, o CRAZYLAB iniciou sua caminhada pelas escolas públicas das regiões da Alta Mogiana e Triângulo Mineiro. A convite do secretário municipal de educação Prof. Nelson Scandiuzzi, o nosso projeto atendeu algo em torno de mil pessoas, entre convidados, professores, diretores e alunos, sendo que, na opinião de muitos o projeto é o "mais interessante projeto na área de ciência interativa e interdisciplinar dos últimos tempos, no Brasil."
A meninada ficou vidrada com os robôs, microscópio de aumento de mil vezes na tv de 42", neve artificial, relógio movido a vegetais, bancada de magnetismo, miragens produzidas com espelhos, máquina eletrostática, caleidoscópio gigante e muito mais.
A notícia do sucesso já se espalhou na região e a galera de outras cidades já está anciosa para receber o CRAZYLAB. Guenta aí moçada. É só questão de tempo e estaremos em sua cidade e em sua escola.
Obrigado Aramina e Obrigado Escola Viva que nos deram a oportunidade de iniciar nossos trabalhos dessa nossa segunda unidade nessa região (a primeira unidade atua em Goiânia e região)
Em Buritizal estaremos em 21 e 22 de Maio, com a novidade MÁQUINA DE TORNADO, que produz um tornado de 35 cm de altura, EM PLENO AR, que pode ser, inclusive, tocado pelas mãos dos alunos. Não á TOTAL CRAZY?
Aguarde moçada de Delta e Ituverava que são as próximas da lista.
Aquele abração.
Prof. Kiko

terça-feira, 17 de março de 2009

CRAZYLAB MINAS-SÃO PAULO COMEÇA BEM NA ESCOLA VIVA EM IGARAPAVA-SP

É isso aí fãs do Crazylab. Nos dias 05 e 06 de Março de 2009 o Crazylab - Sistema Interativo de Conhecimento iniciou seu circuito nas escolas particulares da Alta Mogiana e Triângulo Mineiro visitando a Escola Viva, em Igarapava - SP. Foram duas manhãs de excelente convívio, interação e descobertas para a nossa equipe e para a família Escola Viva. Passamos momentos de educação científica e motivação experimental com diretores, professores, funcionários e alunos dessa excelente escola do interior paulista. Nos dias 19 e 20 desse mesmo mês, estaremos em Aramina - SP, inaugurando, em caráter oficial, o circuito das escolas públicas nessa região, a convite da Secretaria Municipal de Educação, na pessoa do Secretário de Educação Prof. Nelson Scandiuzzi e do Prefeito Marcos Rosin. Iremos atender cerca de mil alunos, professores e profissionais de educação convidados, das 7:00h às 17:00h, com parada para almoço das 12:30h às 13:30h.

As secretarias de Educação de Delta-MG e Buritizal-SP estão avaliando a melhor data para que o Crazylab esteja em suas cidades.`

Parabéns e obrigado à Escola Viva e Secretaria de Educação de Aramina pela iniciativa de dar partida ao Crazylab nessa região.

Prof. Kiko

domingo, 8 de fevereiro de 2009

MAIS UMA UNIDADE CRAZYLAB






Pois é...
Mais uma etapa do sonho de meu amigo Alexandre Sandor, idealizador do CRAZYLAB, está prestes a se realizar.
Quando ele, sua esposa Juliana, nosso amigo Álvaro Vilasboas, seu irmão Franz e eu (um pouco depois também com o professor Sandro Juliano) acreditamos no projeto "CRAZYLAB - SISTEMA INTERATIVO DE CONHECIMENTO" e montamos no Shoping Flamboyant de Goiânia, em Outubro de 2007, o primeiro salão de conhecimentos do Crazylab, já era sonho de Alexandre (e por que não dizer, nosso) que esse projeto, já mais tarde acrescido de outras etapas pedagógicas e produtos educacionais, se disseminasse pelo Brasil. Depois desse salão, veio a etapa itinerante do projeto, em que dezenas de escolas e milhares de alunos puderam usufruir de toda a estrutura desse projeto inovador.
Já está à disposição de qualquer pessoa a nossa LOJA VIRTUAL, onde os alunos, os professores, os diretores e os pais podem adquirir produtos que usamos em nossas apresentações nas escolas.
Agora, mais de um ano depois, estamos às portas de inaugurar a segunda unidade do CRAZYLAB, que atenderá toda a região paulista da Alta Mogiana e, em Minas Gerais, todo o Triângulo Mineiro.
Essa inauguração se dará em março próximo, na cidade de Igarapava e região (Aramina, Buritizal e Delta). Em seguida o projeto deverá cumprir uma etapa itinerante em outras cidades, como Uberaba, Uberlândia, Ribeirão Preto e outras cidades menores da macroregião Alta Mogiana-Triângulo Mineiro.
Inrompendo fronteiras, será possível que esse fantástico projeto possa cumprir sua missão de parceiro de educação, propondo a experimentação interativa e lúcida das ciências, estimulando o domínio do método científico, a curiosidade e a observação da realidade e, ao mesmo tempo, enriquecendo a verdadeira essência do pensar.
Valeu Alexandre, por ter acreditado, mesmo estando há tanto tempo nos Estados Unidos, que vale a pena criar e investir em projetos de educação inovadores no Brasil. Parabéns a toda a equipe CRAZYLAB e obrigado a todas as instituições privadas, públicas e educacionais, assim como a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram (e ainda contribuem) para continuidade e expansão desse incrível conceito educacional e interativo.

Professor Kiko.

UMA NOVA ERA...




segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Experimento da semana: A lata "teimosa"


Dizem que está tudo bem (mas tá esquisito!)

No Brasil como um todo, os pais estão satisfeitos com a escola dos filhos. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) pesquisou 10.000 pais em todo o país e eles conferiram nota 8,1 às instalações da escola de seus filhos. Oitenta e um por cento (81%) revelam, sobre os diretores da escola, um parecer positivo. Oitenta e três por cento (83%) têm a opinião que os professores se preocupam em ensinar e dar boas aulas. Finalizando: a nota da qualidade de ensino, dada pelos pais, é 8,6 (!).
Lindo, não é verdade?
Infelizmente, não. Está longe de ser lindo e mais distante ainda de ser verdade. Basta analisarmos outro conjunto de estatísticas para que detectemos várias contradições entre o cenário percebido pelos pais e a dura realidade da educação brasileira, principalmente no que diz respeito às escolas públicas.
De acordo com o Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional) mais recente, 72% da população brasileira não se encontra plenamente alfabetizada. Já pelo Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), revela-se que, desde a primeira edição do exame em 1995, a qualidade do ensino vem caindo. Esse mesmo exame constata que, na 8a série, somente 25% dos alunos sabem que “3/4” é o mesmo que 0,75, e não 3,4. Isso na oitava série ! O Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) destaca que o Brasil fica em 53o lugar em matemática e 52o em ciências, em 57 países testados. De acordo com a Unesco, na 1a série, cerca de 24% de nossos são reprovados, contra 2,5% no Chile e 4% na Índia.
Com esse cenário, um povo que gasta anualmente cerca de 4% de seu PIB (arrecadação bruta do país) em educação pública deveria estar deveras descontente com essa educação e os profissionais envolvidos nessa área. Estes funcionários, por sua vez, teriam que estar incomodados com a desaprovação dos pais e procurando melhorar seu desempenho (não obstante a existência de uma minoria que se destaca pela excelência em sua profissão). Mas no Brasil ocorre quase que o oposto disso.
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em pesquisa realizada e divulgada no livro O perfil dos professores brasileiros, solicitou que os professores escolhessem, numa lista pré-definida, os fatores que mais influenciam o aprendizado. “Acompanhamento familiar” disparou com 78% dos votos contra somente 32% para “Competência do professor”. No livro Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de aprender, ler e escrever, que divulga outra abrangente pesquisa da Unesco e do Inep, há a seguinte declaração dos autores: “Chama a atenção a freqüência com que os professores e diretores se referem à questão da família dos alunos: muito do que acontece de bom e de ruim na escola é explicado pela origem familiar...Raramente é colocada a função primordial da escola na tarefa de ensinar qualquer aluno, de qualquer origem familiar ou social.”
Em vários seminários, palestras e oficinas de educação uma das primeiras questões levantadas pelos professores é: como ensinar com uma família “que não apóia”?
O quadro mais esperado deveria mostrar pais enraivecidos com uma escola que, como se não bastasse não cumprir sua função no ensino, ainda repassa a responsabilidade do fracasso para o aluno e sua família.
Vamos desvendar esse paradoxo, no qual pais consideram tão satisfatória uma escola com resultados tão ruins e por que a comunidade docente vislumbra esses pais tão omissos. Para isso é necessário analisar um fator importantíssimo: que pais são esses.
Retomemos a pesquisa do Inep citada no primeiro parágrafo deste artigo. Dos 10.000 pais entrevistados, 58% não completaram o nível fundamental de ensino. Somente 3% possui diploma de nível superior. Os que raramente lêem livros ou jornais somam 75%. E finalmente, somente 7% acessa a internet. Isso define o perfil desses pais: limitadíssima formação acadêmica e mínimo grau de informação. A qualidade de ensino é para eles um tema extremamente abstrato e intangível, o que lhes dificulta julgá-la. Quando questionados, usam como referência aquilo que seu senso despreparado consegue visualizar - comparam a escola pela qual passaram com a de seus filhos: instalações físicas mais limpas e belas, merenda de qualidade, existe transporte escolar, seus filhos são equipados com uniformes e livros e, o que não ocorria a 3 décadas atrás, há garantia de matrícula. Cinqüenta e sete por cento dos pais afirma que a escola que seus filhos cursam é melhor que a cursada por eles. As oportunidades escolares das quais o filho usufrui (nada mais que obrigações governamentais constitucionais) e que ele não teve, bastam para que o pai se contente. A família, na média dos números, desconhece o processo escolar e carece de fontes de informações mais profundas para perceber que, muitas vezes, a educação que o filho recebe é de qualidade questionável.
Com toda essa inaptidão, não é de se estranhar que a família, não por desamor ou desinteresse, não se envolva na vida estudantil dos filhos. A família média brasileira não possui instrumentos intelectuais para identificar deficiências na educação dos filhos estando muitíssimo menos preparada ainda para apoiar a continuidade do processo de aprendizado no lar e ajudar a escola a sanar deficiências na educação.
Os professores, por sua vez, devem ter em mente essa realidade: os pais de seus alunos (salvo raras exceções) darão, durante um bom tempo ainda, contribuições limitadas ao ensino dos filhos. Ponto! Na grande maioria dos casos, a incapacidade de interferir mais contundentemente nessas questões é fruto de despreparo e não de negligência educativa. Para que esse quadro mude ao longo dos anos, o papel dos professores é ainda mais imprescindível, para que a escola se torne o caminho para que os alunos escapem desse ciclo de ignorância e miséria e se tornem, num amanhã não tão longínquo, os pais que, hoje, os professores tanto gostariam de ter como parceiros da educação. Nós professores e todos os outros profissionais ligados a educação, devemos nos despir das vestes de Pilatos e, deixando de transferir responsabilidades, nos preocuparmos em dar mais de nós mesmos a cada dia de trabalho e aula ministrada. É hora de abandonar o tripé, já desgastado, no qual apoiamos, muitas vezes, a nossa inércia e conveniência: Salários ruins, formação profissional deficiente e falta de apoio da família do aluno. São três problemas reais e que devem ser discutidos e solucionados a nível de classe e sociedade, mas que não devem interferir no nosso afinco em nos tornarmos melhores a cada dia, contando com os instrumentos dos quais dispomos no momento e lutando para que esses instrumentos evoluam no futuro.


Obs: Para confirmar os dados citados no texto acima é só conferir nos links:
www.unesco.com.br
www.inep.gov.br
www.ipm.org.br
www.inep.gov.br/basica/saeb