Tantos anos (mais de 17) trabalhando com escolas e educadores, seria de se espantar se eu não tivesse ouvido um sem número de vezes os termos “burro” ou “burrice”. Nós professores, muitas vezes, temos a tendência de simplificar situações, usando palavras como essas para rotular. Pensando nisso e dando uma boa vasculhada na internet e revistas especializadas, encontrei um material que, com humor e boa dose de tratamento científico, nos permite uma sincera e divertida discussão sobre o tema.
Qual o significado de burrice? Para nosso espanto, saibam que não é o oposto de inteligência, visto que muitas pessoas inteligentes, ocasionalmente, se passam por burras. Um economista Italiano, Carlo Cipolla, define o indivíduo burro como “ Uma pessoa que causa algum dano a outra pessoa ou grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou mesmo se prejudicando.”
De acordo com Cipolla, a burrice é muito perigosa por ter a característica de se traduzir em ações, tanto que até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos pertinentes à burrice. A burrice oferece mais perigo que a crueldade, visto que a segunda tem lógica compreensível e por isso pode ser compreendida e enfrentada.
Vejamos as cinco “leis fundamentais da burrice” segundo Cipolla:
1) Todos nós sub-avaliamos o número de burros em circulação.
2) A probabilidade de que uma pessoa seja burra independe de qualquer outra característica dela (educação e ambiente, por exemplo).
3) Burro é quem causa prejuízo aos outros sem tirar qualquer vantagem para si mesmo, ou até sofrendo algum prejuízo.
4) As pessoas não-burras sempre subestimam o potencial nocivo dos burros. Em especial os não-burros sempre esquecem que, em qualquer momento ou lugar, trabalhar e/ou associar-se a burros resulta infalivelmente num erro muito caro.
5) O burro é a pessoa mais perigosa que existe.
E mais três de outro especialista Italiano (por que será que tantos especialistas em burrice são italianos?) Giancarlo Livraghi:
1) Em cada um de nós existe um fator de burrice sempre maior que imaginamos.
2) Quando a burrice de uma pessoa se alia à de outras, o efeito cresce em proporções geométricas.
3) Combinar inteligências de várias pessoas é mais difícil que juntar as burrices.
Nós todos estamos prontos a aceitar que somos um pouco loucos, mas burros...jamais! A burrice tem 3 características fundamentais:
A) Ela é inconsciente e reincidente: o burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro. Tais características contribuem por tornar a burrice devastadora. A pessoa estúpida não reconhece os próprios limites, fica cristalizada em suas certezas e não sabe mudar. Logo, de acordo com mais um especialista italiano, o psicólogo Luigi Anolli, “no âmbito clínico, a burrice é a pior doença, por ser incurável.”
B) A burrice é contagiosa. As multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as integram. Isso explica por que populações inteiras (como na Alemanha nazista) podem ser condicionadas a seguirem objetivos insanos.
C) Além da coletividade, outro fator atua como amplificador da burrice: estar numa posição de comando. “O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão (até que enfim um que não é italiano) Friedrich Nietzsche. Além se julgarem mais capazes que o resto da humanidade, os poderosos são, frequentemente, cercados de bajuladores e aproveitadores que reforçam constantemente essa distorção.
Bem, é de se esperar que se há vários tipos de inteligência: matemática, visual, física, musical, emocional, social, ambiental, espiritual e prática, que existam também mais de uma categoria de burros.
Pensemos um pouco sobre essas informações e conceitos até a próxima postagem, onde publicaremos “Uma conversa honesta sobre a burrice – parte 2”, ficando pelo menos com um adendo a um ditado famoso: “de médico e louco, todos temos um pouco”...e agora de burros também. Portanto, pensem bem antes de recriminar a “burrice” alheia.
Até lá leitores e obrigado pelas críticas e sugestões.
Qual o significado de burrice? Para nosso espanto, saibam que não é o oposto de inteligência, visto que muitas pessoas inteligentes, ocasionalmente, se passam por burras. Um economista Italiano, Carlo Cipolla, define o indivíduo burro como “ Uma pessoa que causa algum dano a outra pessoa ou grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou mesmo se prejudicando.”
De acordo com Cipolla, a burrice é muito perigosa por ter a característica de se traduzir em ações, tanto que até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos pertinentes à burrice. A burrice oferece mais perigo que a crueldade, visto que a segunda tem lógica compreensível e por isso pode ser compreendida e enfrentada.
Vejamos as cinco “leis fundamentais da burrice” segundo Cipolla:
1) Todos nós sub-avaliamos o número de burros em circulação.
2) A probabilidade de que uma pessoa seja burra independe de qualquer outra característica dela (educação e ambiente, por exemplo).
3) Burro é quem causa prejuízo aos outros sem tirar qualquer vantagem para si mesmo, ou até sofrendo algum prejuízo.
4) As pessoas não-burras sempre subestimam o potencial nocivo dos burros. Em especial os não-burros sempre esquecem que, em qualquer momento ou lugar, trabalhar e/ou associar-se a burros resulta infalivelmente num erro muito caro.
5) O burro é a pessoa mais perigosa que existe.
E mais três de outro especialista Italiano (por que será que tantos especialistas em burrice são italianos?) Giancarlo Livraghi:
1) Em cada um de nós existe um fator de burrice sempre maior que imaginamos.
2) Quando a burrice de uma pessoa se alia à de outras, o efeito cresce em proporções geométricas.
3) Combinar inteligências de várias pessoas é mais difícil que juntar as burrices.
Nós todos estamos prontos a aceitar que somos um pouco loucos, mas burros...jamais! A burrice tem 3 características fundamentais:
A) Ela é inconsciente e reincidente: o burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro. Tais características contribuem por tornar a burrice devastadora. A pessoa estúpida não reconhece os próprios limites, fica cristalizada em suas certezas e não sabe mudar. Logo, de acordo com mais um especialista italiano, o psicólogo Luigi Anolli, “no âmbito clínico, a burrice é a pior doença, por ser incurável.”
B) A burrice é contagiosa. As multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as integram. Isso explica por que populações inteiras (como na Alemanha nazista) podem ser condicionadas a seguirem objetivos insanos.
C) Além da coletividade, outro fator atua como amplificador da burrice: estar numa posição de comando. “O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão (até que enfim um que não é italiano) Friedrich Nietzsche. Além se julgarem mais capazes que o resto da humanidade, os poderosos são, frequentemente, cercados de bajuladores e aproveitadores que reforçam constantemente essa distorção.
Bem, é de se esperar que se há vários tipos de inteligência: matemática, visual, física, musical, emocional, social, ambiental, espiritual e prática, que existam também mais de uma categoria de burros.
Pensemos um pouco sobre essas informações e conceitos até a próxima postagem, onde publicaremos “Uma conversa honesta sobre a burrice – parte 2”, ficando pelo menos com um adendo a um ditado famoso: “de médico e louco, todos temos um pouco”...e agora de burros também. Portanto, pensem bem antes de recriminar a “burrice” alheia.
Até lá leitores e obrigado pelas críticas e sugestões.