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segunda-feira, 13 de junho de 2011

BULLYING...AFINAL...DO QUE SE TRATA?


Hoje recebemos (na ordem da foto) nos estúdios da RÁDIO CIDADE FM: a Dra. Rubiana (advogada), Wanessa Oliveira (psicóloga)e Prof. Nelson scandiuzzi (secretário de educação de Aramina) para falarmos de BULLYING. Apresentaremos o resumo do debate através de algumas perguntas feitas durante o programa e suas respectivas respostas:

SOBRE O QUE É BULLYING

LEANDRO SILVA:O BULLYING É DEFINIDO COMO?
PROFESSOR KIKO: Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por uma ou mais pessoas contra um ou mais colegas (mesmo nível) . O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

LEANDRO SILVA: O BULLYING É UMA COISA RECENTE?
WANESSA: Não. O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater.

LEANDRO SILVA: O QUE NÃO É BULLYING?
PROFESSOR KIKO:Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying.

PORQUE OCORRE O BULLYING?

LEANDRO SILVA:O QUE LEVA O AUTOR DO BULLYING A PRATICÁ-LO?
WANESSA: Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo . É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. ''O autor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar na qual tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar'' Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying. "A tendência é que ele seja assim por toda a vida, a menos que seja tratado".

LEANDRO SILVA: COMO IDENTIFICAR O ALVO DO BULLYING, QUAL SERIA O PERFIL DO ALUNO QUE NORMALMENTE SOFRE BULLYING? PROF. NELSON: O alvo costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar. ''Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir''. Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. "Também pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.

LEANDRO SILVA: O ESPECTADOR TAMBÉM PARTICIPA DO BULLYING?

PROF. KIKO: Sim. O espectador é um personagem fundamental no bullying. É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido.

LEANDRO SILVA: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS PARA O ALUNO QUE É ALVO DE BULLYING?
DRA. RUBIANA: O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento. Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas.

TIPOS DE AGRESSÃO

LEANDRO SILVA: EXISTE DIFERENÇA ENTRE BULLYING PRATICADO POR MENINOS E POR MENINAS?
WANESSA: De modo geral, sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem. Já no universo feminino o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. "As garotas raramente dizem por que fazem isso. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpada

LEANDRO SILVA:NA SUA OPINIÃO, QUAL É PIOR: O BULLYING COM AGRESSÃO FÍSICA OU O COM AGRESSÃO MORAL?
DRA. RUBIANA: Ambas as agressões são graves e têm danos nocivos ao alvo do bullying.Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.

ATITUDES DO PROFESSOR

LEANDRO SILVA:NA SUA OPINIÃO, O QUE O PROFESSOR DEVE FAZER, QUANDO IDENTIFICA UM CASO DE BULLYING EM SALA DE AULA?
PROF. NELSON: Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. "Se algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo. Algumas ações aconselhadas: - Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito; - Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos; - Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.

LEANDRO SILVA: O PROFESSOR PODE SER AUTOR OU ALVO DE BULLYING, EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS?
PROF. KIKO: Conceitualmente, não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a violência ocorra entre pares, como colegas de classe ou de trabalho. O professor pode, então, sofrer outros tipos de agressão, como injúria ou difamação ou até física, por parte de um ou mais alunos. Pode também abusar de sua autoridade.

ATITUDES DO GESTOR

LEANDRO SILVA: NO PAPEL DE GESTOR NA EDUCAÇÃO, QUAIS ATITUDES PODEM SER TOMADAS PARA EVITAR O BULLYING?
PROF. NELSON:- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões; - Estimular os estudantes a informar os casos; - Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema; - Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar; - Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos; - Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying. "A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência".

LEANDRO SILVA: COMO AGIR COM ALUNOS ENVOLVIDOS EM CASO DE BULLYING?
PROF. KIKO: O foco deve se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola não pode legitimar a atuação do autor da agressão nem humilhá-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado, como proibi-lo de frequentar o intervalo. Já o alvo precisa ter a auto-estima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o ocorrido. "Às vezes, quando o aluno resolve conversar, não recebe a atenção necessária, pois a escola não acha o problema grave e deixa passar". Ainda é preciso conscientizar o espectador do bullying, que endossa a ação do autor. ''Trazer para a aula situações hipotéticas, como realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda a turma.

LEANDRO SILVA: COMO DEVE SER A CONVERSA COM PAIS DE ALUNOS ENVOLVIDOS EM BULLYING?
WANESSA: É preciso mediar a conversa e evitar o tom de acusação de ambos os lados. Esse tipo de abordagem não mostra como o outro se sente ao sofrer bullying. Deve ser sinalizado aos pais que alguns comentários simples, que julgam inofensivos e divertidos, são carregados de ideias preconceituosas. ''O ideal é que a questão da reparação da violência passe por um acordo conjunto entre os envolvidos, no qual todos consigam enxergar em que ponto o alvo foi agredido para, assim, restaurar a relação de respeito'' Muitas vezes, a escola trata de forma inadequada os casos relatados por pais e alunos, responsabilizando a família pelo problema. É papel dos educadores sempre dialogar com os pais sobre os conflitos - seja o filho alvo ou autor do bullying, pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.

E esse é o resumo dessa importante conversa. Nossos agradecimentos aos convidados.

Até a próxima...

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