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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Desorganizados e mal acostumados? ASSIM NÃO DÁ !!!
Que os alunos, de maneira geral, têm dificuldade em organizar sua vida estudantil, principalmente no que diz respeito ao tempo extra-classe, isso todo bom professor deve saber. E na medida do possível, os professores devem ajudar esses alunos a encontrar a melhor maneira de ajustar seus horários de estudo às suas agendas de atividades, tais como natação, curso de inglês, etc.
Como fazer isso? Fácil: é só manter em mente uma premissa que diz que “aula dada é aula estudada” e mostrar que o dia tem 24 horas: oito para dormir, duas pra café da manhã, almoçar, lanchar e jantar, cinco na escola, cinco pra estudar a matéria dada e ainda sobram quatro pra fazer o que mais quiser. Que fique claro que essa não é uma sugestão para modelo de horário, mas apenas uma demonstração de que é bem possível levar o estudo em dia. Basta ter organização e disciplina.
Por que é importante essa história de aula dada é aula estudada? Por que o sistema de ensino mais básico possível é constituído de algumas etapas:
1) Exposição e explicação do assunto, com a maior participação possível dos alunos (em sala de aula).
2) Pré-fixação do conteúdo apresentado com exercícios (em sala de aula).
3) Fixação final do conteúdo e aprofundamento dos assuntos, com exercícios mais complexos, pesquisas e etc. (em casa).
Para que a terceira etapa seja bem executada, é importante que ela seja implementada enquanto as etapas 1 e 2 ainda estão “frescas” na memória, ou seja, o quanto antes possível, de preferência, no mesmo dia em que o assunto foi ministrado pelo professor. Daí vem a recomendação: aula dada...aula estudada.
Bem, então é fácil perceber por que a falta de organização pode por a perder todo o resultado de um ensino que, muitas vezes, é desenvolvido de forma satisfatória no âmbito da sala de aula, mas que na etapa doméstica acaba se diluindo na ausência de disciplina do aluno.
Vocês devem estar se perguntando do por que da parte “mal acostumados” do título desse artigo, não é?
Pois vou lhes contar uma história acontecida comigo, ainda em Uberlândia, quando era professor e coordenador do COC de lá.
Uma excelente aluna, que queria prestar Medicina, me procurou para ajudá-la a organizar sua agenda de modo que ela pudesse manter a regra da aula dada, aula estudada, sem comprometer outras atividades como o curso de inglês, a aula de redação e etc. Prontamente, me dispus a otimizar seu horário e, para isso, levei toda uma manhã.
Por coincidência, na manhã seguinte, sua mãe passou pela escola, lá pelas 10 horas e me pediu para chamá-la na sala de aula. Eu disse à mãe que tínhamos o hábito de só interromper uma aula e retirar um aluno de sala em caso de urgência. Ela me disse que estava fazendo compras lá pelo centro e, como moravam longe, que queria saber se a filha não queria sair mais cedo e “aproveitar a carona pra casa ”...Oras...mas tem cabimento uma coisa dessas? A filha se matando pra ver se entra numa boa faculdade de Medicina, fazendo das tripas coração (as minhas e as dela) pra ajeitar seu horário de atividades e a mãe querendo tirar a menina da escola por um motivo desses...tenha dó, não é mesmo?
Pois isso acontece muito. É mais comum do que se possa imaginar, que pais não se envolvam no esforço escolar dos filhos e, pior ainda, que eles colaborem com a tendência, já natural do aluno, de se deixar levar pela inércia e pela falta de disciplina.
Que fique claro aqui que o processo de educar, ou de preparar um aluno para um vestibular por exemplo, é uma tarefa árdua e conjunta, que deve unir aluno, escola e família. Que a família deve estar atenta para os momentos de desânimo e de certa negligência do aluno, para que possa ajudá-lo a passar por essas situações. Que ela seja um fator positivo na tentativa do estudante de se organizar e obter uma metodologia própria de preparação para tentar ingressar na faculdade de seus sonhos.
A família sem a escola é cega e a escola sem a família é manca.
Como fazer isso? Fácil: é só manter em mente uma premissa que diz que “aula dada é aula estudada” e mostrar que o dia tem 24 horas: oito para dormir, duas pra café da manhã, almoçar, lanchar e jantar, cinco na escola, cinco pra estudar a matéria dada e ainda sobram quatro pra fazer o que mais quiser. Que fique claro que essa não é uma sugestão para modelo de horário, mas apenas uma demonstração de que é bem possível levar o estudo em dia. Basta ter organização e disciplina.
Por que é importante essa história de aula dada é aula estudada? Por que o sistema de ensino mais básico possível é constituído de algumas etapas:
1) Exposição e explicação do assunto, com a maior participação possível dos alunos (em sala de aula).
2) Pré-fixação do conteúdo apresentado com exercícios (em sala de aula).
3) Fixação final do conteúdo e aprofundamento dos assuntos, com exercícios mais complexos, pesquisas e etc. (em casa).
Para que a terceira etapa seja bem executada, é importante que ela seja implementada enquanto as etapas 1 e 2 ainda estão “frescas” na memória, ou seja, o quanto antes possível, de preferência, no mesmo dia em que o assunto foi ministrado pelo professor. Daí vem a recomendação: aula dada...aula estudada.
Bem, então é fácil perceber por que a falta de organização pode por a perder todo o resultado de um ensino que, muitas vezes, é desenvolvido de forma satisfatória no âmbito da sala de aula, mas que na etapa doméstica acaba se diluindo na ausência de disciplina do aluno.
Vocês devem estar se perguntando do por que da parte “mal acostumados” do título desse artigo, não é?
Pois vou lhes contar uma história acontecida comigo, ainda em Uberlândia, quando era professor e coordenador do COC de lá.
Uma excelente aluna, que queria prestar Medicina, me procurou para ajudá-la a organizar sua agenda de modo que ela pudesse manter a regra da aula dada, aula estudada, sem comprometer outras atividades como o curso de inglês, a aula de redação e etc. Prontamente, me dispus a otimizar seu horário e, para isso, levei toda uma manhã.
Por coincidência, na manhã seguinte, sua mãe passou pela escola, lá pelas 10 horas e me pediu para chamá-la na sala de aula. Eu disse à mãe que tínhamos o hábito de só interromper uma aula e retirar um aluno de sala em caso de urgência. Ela me disse que estava fazendo compras lá pelo centro e, como moravam longe, que queria saber se a filha não queria sair mais cedo e “aproveitar a carona pra casa ”...Oras...mas tem cabimento uma coisa dessas? A filha se matando pra ver se entra numa boa faculdade de Medicina, fazendo das tripas coração (as minhas e as dela) pra ajeitar seu horário de atividades e a mãe querendo tirar a menina da escola por um motivo desses...tenha dó, não é mesmo?
Pois isso acontece muito. É mais comum do que se possa imaginar, que pais não se envolvam no esforço escolar dos filhos e, pior ainda, que eles colaborem com a tendência, já natural do aluno, de se deixar levar pela inércia e pela falta de disciplina.
Que fique claro aqui que o processo de educar, ou de preparar um aluno para um vestibular por exemplo, é uma tarefa árdua e conjunta, que deve unir aluno, escola e família. Que a família deve estar atenta para os momentos de desânimo e de certa negligência do aluno, para que possa ajudá-lo a passar por essas situações. Que ela seja um fator positivo na tentativa do estudante de se organizar e obter uma metodologia própria de preparação para tentar ingressar na faculdade de seus sonhos.
A família sem a escola é cega e a escola sem a família é manca.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
O MESTRE NOTA 10 - Um novo paradígma?
Em todo Brasil, proliferam concursos e eleições para intitular o(s) professor(es) nota 10, seja dentro de uma escola, num município, região, estado ou mesmo a nível nacional como faz a revista especializada em educação Nova Escola.
Num papo mais informal, independentemente de concursos, que possuem parâmetros objetivos e pré-definidos, o que nos faria intitular um professor como Mestre Nota 10?
Bem, quando fui escolhido e participei do quadro “Professor Nota 10”, do programa Tempo Cultural, na Rede TV de Goiânia, o critério era que o professor fosse diferenciado na atuação em sala de aula. No meu caso, acharam interessante o fato de eu usar animações em computador e experimentos com reciclados nas minhas aulas.
Já a maior parte da população brasileira acaba concordando que, desempenhando bem seu trabalho, apesar dos baixos salários, condições de trabalho, formação profissional acadêmica insuficiente e etc., a maioria dos professores brasileiros merece nota 10.
Segundo José Carlos Libâneo, doutor em Filosofia e História da Educação pela PUC-SP, hoje professor titular da UFG-Goiânia, no seu livro “Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências educacionais e profissão docente” há dez características ou ações que fazem, hoje, um mestre nota 10:
1- Assumir o ensino como mediação: aprendizagem ativa do aluno com a ajuda pedagógica do professor.
2- Modificar a idéia de uma escola e de uma prática pluridisciplinares para uma escola e uma prática interdisplinares.
3- Conhecer estratégias do ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender.
4- Persistir no empenho de auxiliar os alunos a buscarem uma perspectiva crítica dos conteúdos, a se habilitarem a prender as realidades enfocadas nos conteúdos escolares de forma crítico-reflexiva.
5- Assumir o trabalho de sala de aula como um processo comunicacional e desenvolver capacidades comunicativas.
6- Reconhecer o impacto das novas tecnologias da comunicação e informação na sala de aula (televisão, vídeo, games, computador, internet, CD-ROM, data-show, etc.).
7- Atender à diversidade cultural e respeitar as diferenças no contexto da escola e da sala de aula.
8- Investir na atualização científica, técnica e cultural, como ingredientes do processo de formação continuada.
9- Integrar no exercício da docência a dimensão afetiva.
10- Desenvolver comportamento ético e saber orientar os alunos em valores e atitudes em relação à vida, ao ambiente, às relações humanas, a si próprios.
Gostei, mas eu faço questão ainda, mais romanticamente, de citar a colocação do, cada vez mais atual, Paulo Freire, em seu livro “Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à Prática Educativa” , que, aliada aos 10 itens acima, resume essa questão: “É assim que venho tentando ser professor, assumindo as minhas convicções, disponível ao saber, sensível à boniteza da prática educativa, instigado por seus desafios que não lhe permitem burocratizar-se, assumindo minhas limitações, acompanhadas sempre do esforço por superá-las, limitações que não procuro esconder em nome mesmo do respeito que me tenho e aos educandos” (p 79). Eis aí um Mestre Nota 10.
Num papo mais informal, independentemente de concursos, que possuem parâmetros objetivos e pré-definidos, o que nos faria intitular um professor como Mestre Nota 10?
Bem, quando fui escolhido e participei do quadro “Professor Nota 10”, do programa Tempo Cultural, na Rede TV de Goiânia, o critério era que o professor fosse diferenciado na atuação em sala de aula. No meu caso, acharam interessante o fato de eu usar animações em computador e experimentos com reciclados nas minhas aulas.
Já a maior parte da população brasileira acaba concordando que, desempenhando bem seu trabalho, apesar dos baixos salários, condições de trabalho, formação profissional acadêmica insuficiente e etc., a maioria dos professores brasileiros merece nota 10.
Segundo José Carlos Libâneo, doutor em Filosofia e História da Educação pela PUC-SP, hoje professor titular da UFG-Goiânia, no seu livro “Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências educacionais e profissão docente” há dez características ou ações que fazem, hoje, um mestre nota 10:
1- Assumir o ensino como mediação: aprendizagem ativa do aluno com a ajuda pedagógica do professor.
2- Modificar a idéia de uma escola e de uma prática pluridisciplinares para uma escola e uma prática interdisplinares.
3- Conhecer estratégias do ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender.
4- Persistir no empenho de auxiliar os alunos a buscarem uma perspectiva crítica dos conteúdos, a se habilitarem a prender as realidades enfocadas nos conteúdos escolares de forma crítico-reflexiva.
5- Assumir o trabalho de sala de aula como um processo comunicacional e desenvolver capacidades comunicativas.
6- Reconhecer o impacto das novas tecnologias da comunicação e informação na sala de aula (televisão, vídeo, games, computador, internet, CD-ROM, data-show, etc.).
7- Atender à diversidade cultural e respeitar as diferenças no contexto da escola e da sala de aula.
8- Investir na atualização científica, técnica e cultural, como ingredientes do processo de formação continuada.
9- Integrar no exercício da docência a dimensão afetiva.
10- Desenvolver comportamento ético e saber orientar os alunos em valores e atitudes em relação à vida, ao ambiente, às relações humanas, a si próprios.
Gostei, mas eu faço questão ainda, mais romanticamente, de citar a colocação do, cada vez mais atual, Paulo Freire, em seu livro “Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à Prática Educativa” , que, aliada aos 10 itens acima, resume essa questão: “É assim que venho tentando ser professor, assumindo as minhas convicções, disponível ao saber, sensível à boniteza da prática educativa, instigado por seus desafios que não lhe permitem burocratizar-se, assumindo minhas limitações, acompanhadas sempre do esforço por superá-las, limitações que não procuro esconder em nome mesmo do respeito que me tenho e aos educandos” (p 79). Eis aí um Mestre Nota 10.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Educação Moderna - O EDUCOMUNICADOR - Parte II
Na primeira parte desse artigo, deixamos evidente a necessidade de o professor moderno se moldar a atual realidade do mundo multimidiado, usando as ferramentas TCI - Tecnologias de Comunicação e Informação e, claro, o computador é a mais importante delas. É através dele que os alunos acessam redes no ciberespaço, compartilham projetos e bancos de dados, etc. Mas no Brasil a realidade tem sido outra. Segundo pesquisa do MEC, de 2007, a proliferação indiscriminada e mal gerenciada de laboratórios de informática nas escolas brasileiras piorou o ensino. Tanto que, de acordo com esses dados, os alunos que utilizam o computador na escola estão seis meses defasados nas disciplinas em relação aos demais, que não fazem uso dessa tecnologia.
Já ha algum tempo, pesquisas têm apontado a pequena ou nenhuma contribuição do computador para a melhoria do ensino nas escolas brasileiras. Mas nenhuma apresentava resultados tão negativos como essa, na qual especialistas coletaram os escores dos estudantes em três das últimas edições do Saeb, prova aplicada pelo MEC. Mas o que leva a esse quadro desapontador? Por que em outros países a experiência da implementação dos computadores no ambiente escolar funcionou?
Atesta a autora da pesquisa recente, Fabiana de Felício: “Sem a supervisão dos professores, as crianças perdem tempo em frente ao computador com atividades sem nenhuma relevância para o ensino”. Entenda-se essas atividades como games e salas de bate-papo. Nos países onde a política do computador na escola produz frutos gratificantes, os professores receberam treinamento para fazer uso dos computadores para finalidades pedagógicas, como por exemplo no Chile, onde 80% dos docentes foram capacitados para tal tarefa. Há países, como o Canadá, que adotam especialistas para criar e organizar bibliotecas de softwares e guiar os professores na suas aplicações em sala de aula.
Ora, para se formar um educomunicador é preceito básico o domínio mínimo do computador e dos caminhos pedagógicos de utilização dessa ferramenta para educar. Segundo Roseli Lopes, coordenadora do Núcleo de Sistemas Integrados da USP, “Aqui (no Brasil) os professores mal sabem ligar o computador”. É dela a responsabilidade da implantação daquele programa do governo federal, que visa entregar laptops aos 30 milhões de alunos da rede pública.
A fórmula é a seguinte: a informática tem que entrar para o cotidiano da escola, mas não de forma inconseqüente, ou puramente para satisfazer o “modismo”, ou ainda e mais irresponsavelmente para “tapar o sol com a peneira” (no caso, com o teclado).
Máquinas colocadas em sala de aula sem o devido critério não obterão resultados satisfatórios. É necessário capacitar professores, adaptar os equipamentos a projetos pedagogicamente viáveis e proporcionar um uso supervisionado dessa tecnologia pelo estudante. E essas ações são responsabilidade dos governos federais, estaduais e municipais, no que diz respeito à rede pública de ensino, das mantenedoras de instituições particulares de ensino básico e superior e, em última, mas não menos importante instância, dos próprios professores que devem criticar e fiscalizar tanto a falta do computador na escola quanto o seu uso ineficiente. Que necessitam cobrar essas ações das instituições ou órgãos competentes e que precisam, na medida do possível, eles mesmos procurarem se capacitar, usando quaisquer meios competentes aos quais tenham acesso, desde a mobilização da categoria até buscas individuais por cursos, publicações e outros instrumentos que o auxiliem nesse aprendizado, tais como essa coluna.
Aguaremos suas mensagens para troca de experiências, dicas de como se capacitar, sugestões para aplicação do computador de forma pedagogicamente coerente, etc., no endereço kikofisica@gmail.com .
Ainda em oportunidades futuras, continuaremos a falar de educomunicador e verão que o computador é apenas um dos instrumentos de que faz uso este profissional e que muitas ferramentas legais e eficientes para a educomunicação são ou já foram usadas pela maioria dos professores que nos lêem, mesmo que eles não soubessem que estavam se educomunicando. Até lá.
Já ha algum tempo, pesquisas têm apontado a pequena ou nenhuma contribuição do computador para a melhoria do ensino nas escolas brasileiras. Mas nenhuma apresentava resultados tão negativos como essa, na qual especialistas coletaram os escores dos estudantes em três das últimas edições do Saeb, prova aplicada pelo MEC. Mas o que leva a esse quadro desapontador? Por que em outros países a experiência da implementação dos computadores no ambiente escolar funcionou?
Atesta a autora da pesquisa recente, Fabiana de Felício: “Sem a supervisão dos professores, as crianças perdem tempo em frente ao computador com atividades sem nenhuma relevância para o ensino”. Entenda-se essas atividades como games e salas de bate-papo. Nos países onde a política do computador na escola produz frutos gratificantes, os professores receberam treinamento para fazer uso dos computadores para finalidades pedagógicas, como por exemplo no Chile, onde 80% dos docentes foram capacitados para tal tarefa. Há países, como o Canadá, que adotam especialistas para criar e organizar bibliotecas de softwares e guiar os professores na suas aplicações em sala de aula.
Ora, para se formar um educomunicador é preceito básico o domínio mínimo do computador e dos caminhos pedagógicos de utilização dessa ferramenta para educar. Segundo Roseli Lopes, coordenadora do Núcleo de Sistemas Integrados da USP, “Aqui (no Brasil) os professores mal sabem ligar o computador”. É dela a responsabilidade da implantação daquele programa do governo federal, que visa entregar laptops aos 30 milhões de alunos da rede pública.
A fórmula é a seguinte: a informática tem que entrar para o cotidiano da escola, mas não de forma inconseqüente, ou puramente para satisfazer o “modismo”, ou ainda e mais irresponsavelmente para “tapar o sol com a peneira” (no caso, com o teclado).
Máquinas colocadas em sala de aula sem o devido critério não obterão resultados satisfatórios. É necessário capacitar professores, adaptar os equipamentos a projetos pedagogicamente viáveis e proporcionar um uso supervisionado dessa tecnologia pelo estudante. E essas ações são responsabilidade dos governos federais, estaduais e municipais, no que diz respeito à rede pública de ensino, das mantenedoras de instituições particulares de ensino básico e superior e, em última, mas não menos importante instância, dos próprios professores que devem criticar e fiscalizar tanto a falta do computador na escola quanto o seu uso ineficiente. Que necessitam cobrar essas ações das instituições ou órgãos competentes e que precisam, na medida do possível, eles mesmos procurarem se capacitar, usando quaisquer meios competentes aos quais tenham acesso, desde a mobilização da categoria até buscas individuais por cursos, publicações e outros instrumentos que o auxiliem nesse aprendizado, tais como essa coluna.
Aguaremos suas mensagens para troca de experiências, dicas de como se capacitar, sugestões para aplicação do computador de forma pedagogicamente coerente, etc., no endereço kikofisica@gmail.com .
Ainda em oportunidades futuras, continuaremos a falar de educomunicador e verão que o computador é apenas um dos instrumentos de que faz uso este profissional e que muitas ferramentas legais e eficientes para a educomunicação são ou já foram usadas pela maioria dos professores que nos lêem, mesmo que eles não soubessem que estavam se educomunicando. Até lá.
Mil desculpas pelo atrazo dessa semana...
Salve moçada que nos acompanha aí...e aqui vão os meus agradecimentos, pois um blog ainda em fase de estruturação que em cercade dez dias teve 180 visitas...é muito legal.
Essa semana a coisa pegou e acabei tendo que postar as atualizações já na sexta feira. Desculpem-me e contem com a certeza de que tudo será feito para que isso não torne a contecer. E podem contar com as atualizações de segunda feira próxima pontualmente.
Obrigado pela audiência, pela confiança e pelas críticas.
Aquele abraço do professor Kiko.
Essa semana a coisa pegou e acabei tendo que postar as atualizações já na sexta feira. Desculpem-me e contem com a certeza de que tudo será feito para que isso não torne a contecer. E podem contar com as atualizações de segunda feira próxima pontualmente.
Obrigado pela audiência, pela confiança e pelas críticas.
Aquele abraço do professor Kiko.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Educação Moderna - O Educomunicador
Professor, não se engane: Aquela visão de que a sua aula é muito importante porque esse conhecimento um dia ajudará o aluno a entrar numa boa faculdade e, consequentemente, ter um futuro profissional garantido é coisa de gerações anteriores.
A média dos alunos de hoje começa a se preocupar com o vestibular lá pelo primeiro ano do ensino médio, de maneira tênue, e, mais seriamente, no terceiro ano do mesmo nível.
Hoje, é comum o aluno encarar, mesmo que no subconsciente, a escola como um compromisso social diário e a aula como mais um produto dentre os vários com os quais ele tem que lidar no seu cotidiano e dentre muitos adquiridos e financiados pelos pais, produtos esses com os quais ele deve interagir independentemente da sua maior ou menor simpatia pelos mesmos.
E o que fazemos quando nos deparamos com um produto que não preenche totalmente as nossas expectativas? Nos desinteressamos. A falta de interesse, de motivação, por parte dos alunos, é o maior problema, em sala de aula, a ser enfrentado pelos profissionais da educação. O maior, por que dele deriva a maioria dos demais problemas, como indisciplina, descomprometimento com tarefas, apatia participativa, dificuldade de fixação de conteúdo, dificuldade de abstração e outros que levam, consequentemente, a um mau aproveitamento geral.
Ora, detectado o problema-chave, basta agir. Então é necessário motivar? Claro! Aluno motivado é interessado. Ele não conversa, não se entrega a brincadeiras não por que o professor não goste, mas por que ele mesmo não quer, pois está atento a algo de seu interesse. O aluno motivado faz suas tarefas por que ele sabe que delas dependerá a melhor compreensão e fixação do conteúdo para a próxima aula, da qual ele quer participar ativamente, pois está interessado nisso. O aluno motivado estuda para a prova não por que os pais obrigam, mas por que ele gosta do assunto, traduzindo: é legal estudar isso.
É URGENTE E NECESSÁRIO MOTIVAR. PONTO. Mas como? O que esse público necessita e deseja, que seja coerente com nosso compromisso de educadores e nossa ética profissional? Vamos analisar mais de perto esse nosso cliente? Uma das maiores características desse público é o que chamamos de uma disposição multitarefa. Ele responde às mensagens do celular, ouve música no iPod, vê TV e fala com os amigos no Messenger - tudo ao mesmo tempo. Fazer tudo isso simultaneamente é uma característica típica das novas gerações. Por um lado, isso lhes confere uma elaboração cognitiva muito rápida. Por outro, acaba deixando-os na superficialidade, pois não dá tempo de se aprofundar nos assuntos. Como um aluno com esse perfil reage a cerca de 6 horas de aulas “saliva e giz”? Com desinteresse, é claro. E o que fazer para que isso mude? O Professor deve se adaptar à realidade atual multimidiada e passar a usar as ferramentas de TCI – Tecnologias de Comunicação e Informação. Claro que essa ação deve respeitar a integridade do conteúdo programado, as relações professor-aluno e aluno-aluno e a necessidade de tangibilização (produzir tocando, manuseando) no processo educacional. É de suma importância que o professor se lembre que mídia = instrumento para comunicação e que, nesse contexto, ele próprio é uma mídia – o Mídia-educador, ou, especificamente voltado à escola, o EDUCOMUNICADOR.
Nas próximas postagens falaremos mais sobre esse novo perfil de profissional do ensino e detalharemos como implementar essa nova postura em sala de aula, sem ferir os novos paradigmas da educação. Até lá.
A média dos alunos de hoje começa a se preocupar com o vestibular lá pelo primeiro ano do ensino médio, de maneira tênue, e, mais seriamente, no terceiro ano do mesmo nível.
Hoje, é comum o aluno encarar, mesmo que no subconsciente, a escola como um compromisso social diário e a aula como mais um produto dentre os vários com os quais ele tem que lidar no seu cotidiano e dentre muitos adquiridos e financiados pelos pais, produtos esses com os quais ele deve interagir independentemente da sua maior ou menor simpatia pelos mesmos.
E o que fazemos quando nos deparamos com um produto que não preenche totalmente as nossas expectativas? Nos desinteressamos. A falta de interesse, de motivação, por parte dos alunos, é o maior problema, em sala de aula, a ser enfrentado pelos profissionais da educação. O maior, por que dele deriva a maioria dos demais problemas, como indisciplina, descomprometimento com tarefas, apatia participativa, dificuldade de fixação de conteúdo, dificuldade de abstração e outros que levam, consequentemente, a um mau aproveitamento geral.
Ora, detectado o problema-chave, basta agir. Então é necessário motivar? Claro! Aluno motivado é interessado. Ele não conversa, não se entrega a brincadeiras não por que o professor não goste, mas por que ele mesmo não quer, pois está atento a algo de seu interesse. O aluno motivado faz suas tarefas por que ele sabe que delas dependerá a melhor compreensão e fixação do conteúdo para a próxima aula, da qual ele quer participar ativamente, pois está interessado nisso. O aluno motivado estuda para a prova não por que os pais obrigam, mas por que ele gosta do assunto, traduzindo: é legal estudar isso.
É URGENTE E NECESSÁRIO MOTIVAR. PONTO. Mas como? O que esse público necessita e deseja, que seja coerente com nosso compromisso de educadores e nossa ética profissional? Vamos analisar mais de perto esse nosso cliente? Uma das maiores características desse público é o que chamamos de uma disposição multitarefa. Ele responde às mensagens do celular, ouve música no iPod, vê TV e fala com os amigos no Messenger - tudo ao mesmo tempo. Fazer tudo isso simultaneamente é uma característica típica das novas gerações. Por um lado, isso lhes confere uma elaboração cognitiva muito rápida. Por outro, acaba deixando-os na superficialidade, pois não dá tempo de se aprofundar nos assuntos. Como um aluno com esse perfil reage a cerca de 6 horas de aulas “saliva e giz”? Com desinteresse, é claro. E o que fazer para que isso mude? O Professor deve se adaptar à realidade atual multimidiada e passar a usar as ferramentas de TCI – Tecnologias de Comunicação e Informação. Claro que essa ação deve respeitar a integridade do conteúdo programado, as relações professor-aluno e aluno-aluno e a necessidade de tangibilização (produzir tocando, manuseando) no processo educacional. É de suma importância que o professor se lembre que mídia = instrumento para comunicação e que, nesse contexto, ele próprio é uma mídia – o Mídia-educador, ou, especificamente voltado à escola, o EDUCOMUNICADOR.
Nas próximas postagens falaremos mais sobre esse novo perfil de profissional do ensino e detalharemos como implementar essa nova postura em sala de aula, sem ferir os novos paradigmas da educação. Até lá.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Experimento da semana: O Copo Invisível
A resposta correta da enquete sobre essa experiência é: O copo desaparece dentro do óleo pois o vidro de que é feito possui quase o mesmo índice de refração que o óleo, logo, ao passar do óleo para o vidro e vice-versa, a luz quase não sofre alteração no seu comportamento, o que impede que visualizemos o copo.
sábado, 29 de novembro de 2008
BANCO DE INTERNACIONAL DE OBJETOS EDUCACIONAIS
Está disponível na internet, já ha alguns meses, o BIOE - Banco Internacional de Objetos Educacionais.
O MEC - Ministério da Educação lançou mais um portal para assesorar professores, trata-se do site ObjetosEducacionais que funciona como um repositório para compartilhar recursos educacionais em diversas mídias e idiomas ( áudio, vídeio, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares educacionais).
Todos os recursos disponível são de acesso público e livre e visam atender diversas áreas do conhecimento e em diversos víveis desde educação infantil, fundamental, médio e superior.
O MEC - Ministério da Educação lançou mais um portal para assesorar professores, trata-se do site ObjetosEducacionais que funciona como um repositório para compartilhar recursos educacionais em diversas mídias e idiomas ( áudio, vídeio, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares educacionais).
Todos os recursos disponível são de acesso público e livre e visam atender diversas áreas do conhecimento e em diversos víveis desde educação infantil, fundamental, médio e superior.
O Professor Kiko, claro, foi um dos autores convidados pelo MEC para, com algumas de suas animações fazer parte desse banco. Tem animação sobre Matemática, Física, Biologia, Química, etc. Dê uma conferida.
Acessem: http://objetoseducacionais.mec.gov.br/
Acessem: http://objetoseducacionais.mec.gov.br/
Professor Kiko
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